A polemica na semana passada foi sobre
o resultado das urnas na Itália, quando, para muitos analistas corresponde um não ao
processo de austeridade fiscal que o país está submetido. Ninguém gosta de
situações dessa natureza, pois se o remédio é indigesto o melhor seria não
adoecer. Seria possível isso acontecer? É mais uma prova que a democracia saudável
deve ser participativa, e depende muito da educação, mas nenhum governo quer
educar a população para o processo democrático, gostam mesmo é de receber o
cheque em branco e assinado pela população, que por sua vez preferem o
comodismo do distanciamento, aí abre espaço para os democratas socialistas gritarem
que o capitalismo está em crise. A crise é dos governos populistas e gastadores
que infectam a economia, que não possui anti-corpos para ações que fogem as
suas leis.
Etinne de La Boétie, escreveu, na
França em 1548, o livro Servidão Voluntária, que diz “são as pessoas que dão
poder aos tiranos. Por isso elas são mais dignas de desprezo do que os
ditadores do ódio”. Ele tocou profundamente na ferida, quando diz que são as
pessoas que dão poder aos tiranos, porém, devemos considerar que este
comportamento é conduzido pela educação ou pela sua ausência, no campo sociológico
a nossa educação é deturpada pela doutrinação ideológica socialista. Há
interesse dos governos nesse processo de condução, como aconteceu em 2011 quando
Haddad foi acusado de priorizar os livros que elogiavam o Lula e criticasse
Fernando Henrique, sem se importar com a verdade, somos educados de acordo com as verdades governistas. Para eles, é melhor estimular, nas escolas, a leitura de Machado de Assis à de Boétie.
A democracia ensinada em nossas
escolas ainda se limita aos pensadores gregos da antiguidade. Onde tudo deveria
começar surge a lacuna que fragiliza a base de todo o sistema, o resultado é caminho
sinuoso de anúncios de surpresas desagradáveis. Prossegue pela doutrina política
que se molda ao sabor de políticos inescrupulosos que só pensam na perpetuação
do poder, e para isso se laçam ao vale tudo, roubar, mentir, enganar e, etc.
Quando eu falo que a nossa
democracia é de péssima qualidade, alguém pode me tachar de pessimista,
exagerado, mas não é. Vamos estabelecer as bases políticas da nossa formação
democrática, que podemos descrever como uma imensa embarcação chamada de base
governista, onde abriga todo tipo de polítoco, e uma canoa que ainda sobram alguns políticos opositores. A grande
embarcação detentora do cofre público tem a facilidade de cooptação, e fazer
manobras para formar correntezas e tentar naufragar o barquinho com poucos
opositores. Como uma democracia pode sobreviver sem oposição? Não se defende a melhor proposta para o país, e sim quem pode oferecer mais, por isso a migração para a base governista é constante, nenhuma voz tenta evitar que se percam anos de sacrifícios em busca
da estabilidade econômica, a gestora pode exercer a ditadura do poder,
confunde a liturgia do cargo com interesses ideológicos pessoais sem a
menor cerimônia porque sabe que só uma
minoria tem a percepção, como a minoria não elege, não tem importância. A população
mergulhada no desconhecimento associado a um grupo de marqueteiros do governo,
tendo a grande mídia de massa como cúmplice, fica o país à mercê da sorte e termina
concedendo poder aos tiranos, dessa forma, erros grosseiros são convertidos em
bondades.
Mesmo com o PIB risível a
presidente apela para a fanfarronice na televisão: “quando há espirro no
exterior, o Brasil não pega pneumonia”. Não precisa da contaminação externa, o
país já apresenta sintomas de doença na economia. Comemora o baixo nível de
desemprego, mas não explica a razão da alta violência do país. No inicio de
cada dia deveria se perguntar. Quem são os 160 brasileiros que serão
assassinados hoje? Porque essa violência? O índice de desemprego depende da
procura, milhões de brasileiros sem qualificação e que não buscam capacitação,
não procuram emprego porque não querem o salário mínimo, são alimentados pela
esperança do governo resolver, um dia, a tão prometida dívida social, outros
milhares estão na violência ou prisões. Tranquilamente prossegue a política da dependência.
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