quarta-feira, 6 de março de 2013

POLÍTICA DA SOBREVIVÊNCIA



Eu sou um critico negativo de Hugo Chávez, mas quem deve dizer se Hugo era bom ou ruim é o povo venezuelano, onde um pouco mais da metade da população o aprovava, no entanto,  não muda meu pensamento que é baseado em fatos e conseqüências.

A democracia tem suas facetas, existe aquela que convive muito bem com o capitalismo onde a evolução do sistema gera oportunidades a todos aqueles que buscam através de esforços pessoais e conseguem sucesso, é perfeito. Existe a democracia conflitante com o capitalismo e sua condução leva a dependência da maioria  da população ao Estado, e como a felicidade é um estado de espírito, às vezes basta uma convenção para o alcance dessa felicidade, as vítimas são os menos esclarecidos, que se contentam com a subsistência. É limitante e ameaçadora por não ser sustentável, muito confortável para os autocratas.

Chico Pinheiro disse no Bom dia Brasil que Chávez “mudou a face da Venezuela”, mais adiante outro repórter fala que Chávez multiplicou por três o PIB da Venezuela que era de U$ 97 bilhões em 98, e agora é de U$ 330 bilhões, tudo parece justificar as razões da imensa tristeza da maioria da população pela morte do líder, mas falam, também, em inflação em torno de 25% ao ano, desabastecimento, alto índice de violência, contas públicas deterioradas, quase inexistência de investimento produtivo, dependência externa de produtos de consumo e bens duráveis, refino insuficiente de petróleo para abastecer o país, e etc.

O problema é que não explicam o porquê desse cenário e não o qualificam como desastroso, para não expor a imagem do caudilho.

Chávez não multiplicou por três o PIB do seu país, o milagre está no aumento do preço do petróleo multiplicado por sete entre 1998 a 2012, como mais de 50% da economia da Venezuela é petróleo se explica a mágica. Quanto à mudança de face, houve uma melhora na vida dos mais pobres, mas permanecem pobres com tendência de risco, obstruído qualquer chance de mudanças mais consistentes.

E o panorama lamentável que Chávez não teve habilidade de evitar? Ninguém explica o futuro incerto.

De concreto Hugo desperdiçou oportunidades com a alta do petróleo, e proclamar a independência financeira do povo,  limitou-se ao populismo e a retórica de eleger os EUA como o inimigo potencial quando um depende do outro, fazem fabulosos negócios  em torno de U$ 50,00 bilhões anuais, algo dez vezes superior à balança comercial com o amigo Brasil. Eita inimigo porreta.

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