Eu sou um critico negativo de
Hugo Chávez, mas quem deve dizer se Hugo era bom ou ruim é o povo venezuelano,
onde um pouco mais da metade da população o aprovava, no entanto, não muda meu pensamento que é baseado em
fatos e conseqüências.
A democracia tem suas facetas,
existe aquela que convive muito bem com o capitalismo onde a evolução do
sistema gera oportunidades a todos aqueles que buscam através de esforços
pessoais e conseguem sucesso, é perfeito. Existe a democracia conflitante com
o capitalismo e sua condução leva a dependência da maioria da população ao Estado, e como a
felicidade é um estado de espírito, às vezes basta uma convenção para o alcance
dessa felicidade, as vítimas são os menos esclarecidos, que se contentam com a subsistência.
É limitante e ameaçadora por não ser sustentável, muito confortável para os autocratas.
Chico Pinheiro disse no Bom dia
Brasil que Chávez “mudou a face da Venezuela”, mais adiante outro repórter fala
que Chávez multiplicou por três o PIB da Venezuela que era de U$ 97 bilhões em
98, e agora é de U$ 330 bilhões, tudo parece justificar as razões da imensa tristeza
da maioria da população pela morte do líder, mas falam, também, em inflação em
torno de 25% ao ano, desabastecimento, alto índice de violência, contas
públicas deterioradas, quase inexistência de investimento produtivo, dependência
externa de produtos de consumo e bens duráveis, refino insuficiente de petróleo para abastecer o país, e etc.
O problema é que não explicam o
porquê desse cenário e não o qualificam como desastroso, para não expor a
imagem do caudilho.
Chávez não multiplicou por três o
PIB do seu país, o milagre está no aumento do preço do petróleo multiplicado
por sete entre 1998 a 2012, como mais de 50% da economia da Venezuela é petróleo
se explica a mágica. Quanto à mudança de face, houve uma melhora na vida dos
mais pobres, mas permanecem pobres com tendência de risco, obstruído qualquer
chance de mudanças mais consistentes.
E o panorama lamentável que
Chávez não teve habilidade de evitar? Ninguém explica o futuro incerto.
De concreto Hugo desperdiçou oportunidades
com a alta do petróleo, e proclamar a independência financeira do povo, limitou-se ao populismo e a retórica de eleger
os EUA como o inimigo potencial quando um depende do outro, fazem fabulosos negócios
em torno de U$ 50,00 bilhões anuais,
algo dez vezes superior à balança comercial com o amigo Brasil. Eita inimigo
porreta.
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