sábado, 2 de março de 2013

BAZÓFIA


Em certo momento a presidente Dilma Rousseff, direciona ao Fernando Henrique Cardoso uma carta, que fala o seguinte:

“O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica”.

Agora ela diz: ‘...Nós sabemos que nós construímos essa década com o tecido da esperança e com o tecido do futuro...”. “Nos não herdamos nada, nós construímos”.

Em que momento Dilma não fala a verdade?

Nenhum momento eu ouvi Dilma dizer de que maneira “nós construímos”, a estabilidade econômica. Com o tecido da esperança e do futuro? Deveria ser mais explícita.

O discurso da presidente na comemoração dos dez anos do PT no poder, mergulha com toda sua capacidade de pretensão, na busca do convencimento de quem fala a verdade, quando o que se vê é a distorção da realidade de um processo de mudança no país que começou muito atrás. O que demonstra a real artimanha da gestora, o embuste contido em suas palavras, que trata todos os brasileiros como desatentos, e aproveita o silencio e, a passividade cívica de muitos brasileiros inocentes e os humildes que acreditam estarem no lucro por receber as migalhas do governo. e de uma oposição quase inexistente.

Como economista Dilma sabe que não se combate miséria distribuindo tanto dinheiro, já ultrapassa a soma de R$ 20 bilhões ao ano, até porque ela comemora um baixo índice de desemprego, o que é um indicativo de que não existem tantos miseráveis.

Eu já falei neste blog sobre o assunto, que o país melhorou nos últimos anos, não por feitos petistas, mas por esse plano duradouro que a presidente se referiu, o Plano Real, que o PT, muito tentou frustrar na sua edificação. veja aqui Vale o velho ditado diz: “quem tem boca diz o que quer”. Eu completo: as conduções das nossas palavras são a expressão de nosso caráter.

O que estamos assistindo é o desmonte desse plano que poderá deixar de ser duradouro, a exemplo o extermínio que estão fazendo com a Petrobras, empresa vital para o nosso desenvolvimento.

Durante todo ano passado, no seio da população brasileira pairava a ideia de que os EUA estavam em crise e não crescia, e que o Brasil estava melhor, crescendo e desenvolvendo bem, abriu-se a caixa preta dos resultados, se verificou tudo ao contrário, enquanto o Brasil cresceu 0,9% os EUA cresceram 2,2%, olha que essa taxa para um país desenvolvido é muito boa. Essa falseta foi possível com a cumplicidade da mídia, que necessita dos contratos milionários do governo e nesse momento o governo sabre cobrar parceria.

Todo brasileiro sente que a inflação de 2012 não foi só 5,8%, Nada teve acréscimo inferior a 12%,é nesse momento que começa a perversa ilusão de ganho real no salário mínimo e aposentadorias que são reajustados, um pouco acima da inflação, sem, no entanto, cobrir toda a inflação real. Na verdade o PT conduziu o país para uma situação complexa de baixo investimento, inflação alta, baixo crescimento, contabilidade criativa, maquina pública pesada, tributação complicada e altíssima que, certamente, não sustentará às recentes quedas de juros, que ainda são altas.

A Presidência da República não é um produto qualquer que basta um excelente trabalho de marketing para transformar a ineficiência em eficiência, pois tem conseqüências profundas na sociedade, e esse é o nosso produto desde os primeiros dias da República. 

A nossa mal contada historia impede que na educação de novas gerações sejam visíveis realidades de que governantes mistificados como pais dos pobres, nada mais foram, que verdadeiros geradores de milhões de miseráveis com suas ações equivocadas, por isso os erros se repetem, e, dessa forma, vivemos num circulo vicioso de bons momentos alternados com momentos menos favoráveis. Não culpem a crise européia, ela tem influência sim, mas não é o responsável pelo desastre desse resultado do PIB de 0,9%.

Esse governo só toma medidas mais acertadas quando conduzido pela correnteza dos maus resultados, é levado a tomar decisões nessas circunstancias como o caso das privatizações, que, irresponsavelmente, criticou e agora se encontra sem alternativa. Portanto, não há méritos caso se confirme a reeleição da presidente, pois dentro das circunstâncias que construíram, só demonstra que as facetas se alteram nas modalidades, mas não perdem seus efeitos perversos.

Acesso a pagina inicial    

Nenhum comentário:

Postar um comentário