Em
certo momento a presidente Dilma Rousseff, direciona ao Fernando Henrique
Cardoso uma carta, que fala o seguinte:
“O
acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano
duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente
para a consolidação da estabilidade econômica”.
Agora
ela diz: ‘...Nós sabemos que nós construímos essa década com o tecido da
esperança e com o tecido do futuro...”. “Nos não herdamos nada, nós construímos”.
Em
que momento Dilma não fala a verdade?
Nenhum
momento eu ouvi Dilma dizer de que maneira “nós construímos”, a estabilidade
econômica. Com o tecido da esperança e do futuro? Deveria ser mais explícita.
O
discurso da presidente na comemoração dos dez anos do PT no poder, mergulha com toda sua capacidade de pretensão, na busca do
convencimento de quem fala a verdade, quando o que se vê é a distorção da
realidade de um processo de mudança no país que começou muito atrás. O que
demonstra a real artimanha da gestora, o embuste contido em suas palavras, que
trata todos os brasileiros como desatentos, e aproveita o silencio e, a
passividade cívica de muitos brasileiros inocentes e os humildes que acreditam
estarem no lucro por receber as migalhas do governo. e de uma oposição quase inexistente.
Como
economista Dilma sabe que não se combate miséria distribuindo tanto dinheiro,
já ultrapassa a soma de R$ 20 bilhões ao ano, até porque ela comemora um baixo
índice de desemprego, o que é um indicativo de que não existem tantos miseráveis.
Eu
já falei neste blog sobre o assunto, que o país melhorou nos últimos anos, não
por feitos petistas, mas por esse plano duradouro que a presidente se referiu, o
Plano Real, que o PT, muito tentou frustrar na sua edificação. veja aqui Vale o velho ditado diz: “quem
tem boca diz o que quer”. Eu completo: as conduções das nossas palavras são a
expressão de nosso caráter.
O
que estamos assistindo é o desmonte desse plano que poderá deixar de ser
duradouro, a exemplo o extermínio que estão fazendo com a Petrobras, empresa
vital para o nosso desenvolvimento.
Durante
todo ano passado, no seio da população brasileira pairava a ideia de que os EUA
estavam em crise e não crescia, e que o Brasil estava melhor, crescendo e
desenvolvendo bem, abriu-se a caixa preta dos resultados, se verificou tudo ao
contrário, enquanto o Brasil cresceu 0,9% os EUA cresceram 2,2%, olha que essa
taxa para um país desenvolvido é muito boa. Essa falseta foi possível com a
cumplicidade da mídia, que necessita dos contratos milionários do governo e
nesse momento o governo sabre cobrar parceria.
Todo
brasileiro sente que a inflação de 2012 não foi só 5,8%, Nada teve acréscimo inferior
a 12%,é nesse momento que começa a perversa ilusão de ganho real no salário mínimo
e aposentadorias que são reajustados, um pouco acima da inflação, sem, no entanto,
cobrir toda a inflação real. Na verdade o PT conduziu o país para uma situação
complexa de baixo investimento, inflação alta, baixo crescimento, contabilidade
criativa, maquina pública pesada, tributação complicada e altíssima que, certamente, não sustentará às
recentes quedas de juros, que ainda são altas.
A Presidência da República não é um produto qualquer que basta um excelente
trabalho de marketing para transformar a ineficiência em eficiência, pois tem conseqüências
profundas na sociedade, e esse é o nosso produto desde os primeiros dias da
República.
A
nossa mal contada historia impede que na educação de novas gerações sejam visíveis
realidades de que governantes mistificados como pais dos pobres, nada mais foram,
que verdadeiros geradores de milhões de miseráveis com suas ações equivocadas,
por isso os erros se repetem, e, dessa forma, vivemos num circulo vicioso de bons
momentos alternados com momentos menos favoráveis. Não culpem a crise européia,
ela tem influência sim, mas não é o responsável pelo desastre desse resultado
do PIB de 0,9%.
Esse
governo só toma medidas mais acertadas quando conduzido pela correnteza dos
maus resultados, é levado a tomar decisões nessas circunstancias como o caso
das privatizações, que, irresponsavelmente, criticou e agora se encontra sem
alternativa. Portanto, não há méritos caso se confirme a reeleição da presidente,
pois dentro das circunstâncias que construíram, só demonstra que as facetas se
alteram nas modalidades, mas não perdem seus efeitos perversos.
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