Ouvimos com frequência as pessoas
dizerem que política e religião não se discutem. Concordo com relação à
religião por se tratar de hipóteses que cada pessoa tem o direito de tomar como
verdade de sua maneira, então eu procuro não discutir. Enquanto a política é
diferente, talvez, deveria ser considerado patriotismo a observância dessa
movimentação que ocorre nas esferas do poder político. Baseio-me na depressão
econômica vivida no país na década de oitenta e meados dos anos noventa, quando
a inflação alcançou patamares insuportáveis para ocorrência de investimentos
produtivos e crescimento econômico do país, resultado de políticas econômicas
equivocadas que ampliou e consolidou uma vasta pobreza. Deste
cenário me veio um questionamento:
Por que o Brasil não dá certo?
Quando possui todos os componentes necessários para ser uma potencia econômica,
pois nenhum outro país do planeta foi tão beneficiado pela natureza, com
abundantes Recursos Naturais. Exceto secas em algumas regiões do Nordeste, os
únicos desastres naturais que ocorre, são provocados pelos próprios seres
humano.
Deste questionamento passei a
observar a nossa mal contada história e comparar com países que conseguiram
alcançar sucesso como os EUA, Alemanha, Coréia do Sul etc. Encontrei a
resposta, que está camuflada na nossa historia desde o período imperial,
prosseguindo na República, daí a criação deste blog com o objetivo de discutir
política. Fazendo uma comparação de comportamento dos governos de países que
evoluem, com os nossos governantes. Percebemos momentos de oportunidades que
são desperdiçadas. Isso aconteceu nos anos trinta e inicio deste século,
ultimamente, após a estabilidade monetária, o país caiu em mãos de soberbos que
perderam o rumo, não acontece um naufrágio por causa da natureza que conspira a
favor, mas a embarcação fica girando sem plano de navegação, sem chegar a lugar
nenhum.
O Brasil é um país que aceitou o
Capitalismo, mas sempre quis ser Socialista, e esse princípio ideológico está
arraigado em boa parte da população, de forma extrema em pequena parte, e de forma mais light em uma parte maior, na
nossa educação, apesar de muitos beneficiários do capitalismo. Esse terreno se
torna um campo fértil para o populismo que é uma peste.
Com a esperteza e o vale tudo
para vencer as eleições, os petistas não se preocupam em traçar um rumo para
alcançar o Desenvolvimento Econômico, basta um bom trabalho de marketing para
manter a popularidade em alta e segurar o barco para não afundar de vez.
Capitães sem bússola, não podem
tomar medidas harmoniosas na condução da política econômica. Fizeram críticas das ações necessárias a essa
trajetória, sem o menor escrúpulo, são estratégias predatórias, realizadas contra
adversários com o objetivo de desconstrui-los.
A consequência não tardou, o
governo divulgou na semana passada o resultado do PIB do segundo trimestre
deste ano, somado em 0,4%, pior de alguns países em crise. Não é um mal
resultado isolado, no primeiro trimestre foi pior de 0,2%, tudo isso após um
ano (2011) de crescimento pífio (2,7%). Sem perspectivas de crescimento
satisfatório, apesar das declarações do ministro Guido Mantega que sempre otimista
promete taxas acima de 4% para o ano seguinte. Não há uma série de medidas
orquestradas e sim atitudes isoladas, ameniza-se provisoriamente a carga
tributária de alguns produtos que não consegue tonificar a economia, e o
provisório vai ficando permanente. É necessário baixar impostos de forma
generalizada, mas precisa preparar as contas públicas com desonerações para abdicar
de tributos, senão ou a dívida dispara ou governo continua com investimentos
insuficientes.
Dilma ficou furiosa com um artigo
de Fernando Henrique Cardoso no Estadão e no Globo falando que Lula havia
deixado uma “herança pesada”. É verdade, e eu já havia falado disso em algumas
postagens como: MEDIDAS ESTRUTURAIS http://mundofoco.blogspot.com.br/2012/05/deficiencias-estruturais.html#!/2012/05/deficiencias-estruturais.html CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL http://mundofoco.blogspot.com.br/2011/04/crescimento-sustentavel.html#!/2011/04/crescimento-sustentavel.html etc.
Dilma deu uma resposta no limite
de seu nível intelectual, negando a verdade, esquecendo-se das suas palavras, quando se referiu a FHC como o
arquiteto da estabilidade econômica.
Se não é devido à “herança pesada”, qual a outra
razão de nossa economia patinar? Crise europeia? Os demais emergentes sentirão,
mas nem tanto. Vejamos as taxas de crescimento dos outros participantes do
BRICS: China 7,6%; Índia 5,5%; Rússia 4,0%; África do Sul 3,2%; os países da
America do Sul, fora do eixo progressista, Chile, Colômbia e Peru, (na última eleição o Peru entrou para o
chamado eixo progressista com a eleição de Humala Ollanta) deverão crescer
acima de 5% neste ano. Qual seria o outro motivo do nosso crescimento rasteiro
senão pela falta de investimento em infra-estrutura, gastos públicos de má
qualidade deixando o país engessado, e por conseguinte uma gestora um pouco
melhor, mas sem qualificação adequada.
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