Por algum tempo ouvia-se comentar
na impressa a informação de que Luis Antonio Pagot, ex diretor do Dnit, estava
interessado em depor na CPMI do Cachoeira, parecia disposto a revelar alguns
fatos importantes com relação a arrecadação de dinheiro para a campanha da
presidente petista Dilma Russellf. Eu duvidei muito que iria fazer algum
detalhamento comprometedor.
A base aliada relutou, mas
finalmente nesta última terça feira aconteceu o depoimento. Foi o que eu
imaginava, ele usou o tempo para auto-elogio e mandou um recado de que estava
vivo e sabe muito.
Conforme Pagot, foi-lhe
incumbido, pelo tesoureiro da campanha do PT, de pedir dinheiro para as
empresas menores e quanto as maiores
seria feito lá por cima. Assim ele procedeu e arrecadou uma boa quantia, mas
que se sentiu mal depois porque aquilo não era ilegal, mas também não era
ético.
Eu pergunto: se ele não tivesse
sido demitido como corrupto do Dnit, teria se sentido mal? Poderia, mas não
diria a ninguém, pois se falou é porque está ressentido.
Partindo da teoria de que ninguém
dá nada a ninguém, deveria, sim, ser crime executar tais procedimentos,
considerados normais. As doações de campanha deveriam ser espontâneas,
realizadas em conta bancaria com depósitos em valores limitados, daqueles que
estariam dispostos a contribuir por motivação ideológica. Do jeito como está
ocorrendo as empreiteiras fazem
investimentos. Elas vão querer obras superfaturadas carimbadas pelo candidato
auxiliado, como o próprio depoente se referiu a Demóstenes que lhe proporcionou
um jantar em sua residência para lhe fazer uma solicitação de favorecimento a
DELTA, mas recusou.
Se as solicitações nas
empreiteiras maiores eram feitas pela cúpula de cima, então a DELTA não deve
ter faltado nesta relação, principalmente por ser a mais beneficiada no
Programa do PAC, por conseguinte a DELTA deve ter feito contribuições
monetárias para a campanha da eleição da presidente. Neste caso Pagot está
correto no ressentimento, a faxineira no
período das eleições de 2010, era amável, e não teve com ele o mesmo
comportamento de severidade proibindo qualquer ação de arrecadações
financeiras com as empreiteiras, como naquele fatídico sábado de demissões.
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