Os jornalistas da mídia atrelada aos contratos milionários com o governo federal adoram propagarem um termo, “o estilo de Dilma governar”, abordando que a presidente se distancia do antecessor com inovações, etc. É verdade que Dilma toma algumas medidas na área econômica em decorrência da situação que evite uma catástrofe em sua gestão. No entanto, limita-se as medidas pontuais que soluciona o problema a curto prazo e evita as medidas estruturais que seria a longo prazo. Afinal, com auxilio da mídia o eleitorado fica impressionado, é o que basta.
Mas queremos nos referir, principalmente, ao estilo autoritário que sorrateiramente ela vai desempenhando em atitudes que lembram a monarquia.
Ontem o presidente da comissão de ética da presidência da república Sepúlveda da Pertence pediu demissão do cargo, apesar de não declarar o motivo, manifestou insatisfação pela não recondução de dois membros da comissão, Marília Muricy e Fabio Coutinho, porque ambos deram parecer que contrariou a presidente que forçou a demissão do ex-ministro Carlos Lupi. O que se pode pensar? Que órgão dessa natureza pode existir, mas as analises deve ocorrer segundo sua vontade, com a subserviência existente na monarquia.
A Comissão Nacional da Verdade criada com a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período de 1946 a 1988, repentina decide investigar somente os crimes praticados pelos agentes do governo. Então, o objetivo não é esclarecer, tende ao revanchismo. Seria oportuno dizer que quem se pronunciou contra o golpe militar em de 64 é porque queria o restabelecimento da democracia, mas quem pegou em armas contra o regime queria a substituição de uma ditadura de direita por outra de esquerda, a ditadura do proletariado. Encastelada na inocência de uma população de fraca educação, a presidente quer utilizar-se da oportunidade para aparentar heroísmo.
Dilma se utiliza da rede de comunicação para um pronunciamento sobre a independência, mas aproveita para atacar a oposição, pálida e silenciosa, mas por ser oposição deve ser extinta, porque o totalitarismo não pode conviver com quem não é subserviente ou inocente para aceitar todas as versões do governo.
A presidente confunde governo e partido e usa as nomeações de ministros com objetivos eleitoreiros chegando a situações inusitadas quando o nomeado que assume declara que nada entende da pasta. Não importa porque o beneficio que ele deverá trazer não é para o desenvolvimento das atividades do Ministério e sim conseguir votos para o seu partido o PT.
Dizem por aí que imprensa é livre. Livre para dizer o que o governo quer ou para amenizar os impactos das más noticias. Contam que na época do regime militar a censura era feita pelos agentes do governo, atualmente é realizada pelos diretores dos maiores veículos de comunicação de massa. É a razão de sempre procurar enaltecer com terminologias, para agradar um governo fraco que vacila nas decisões de medidas estruturais para um crescimento sustentável, e melhorar a imunidade contra crises externas, e que não consegue nem cumprir o orçamento anual.
A nomeação do novo Ministro do Supremo realizado as pressas pela presidente, saiu com cheiro de manobra. É verdade que a constituição confere ao Presidente da República a nomeação dos Ministros do Supremo e Presidente dos Tribunais Superiores, mas havia um procedimento democrático com a formação de uma lista tríplice de profissionais dos Tribunais para o presidente escolher um e nomear. Essa nomeação direta é na verdade uma escolha que ocorria na monarquia onde o Imperador influenciava diretamente na justiça, ou na Rússia que sempre teve histórico de ditadura. Acontece, ainda, no momento em que membros do seu partido estão sob julgamento no Supremo. A sociedade não deveria achar natural esses procedimentos. Tudo isso passa despercebido porque a nossa educação falhou.
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