sexta-feira, 29 de julho de 2011

SOBERBA




Ontem em Lima capital do Peru,no encontro da Unasul, Dilma não perdeu a oportunidade de criticar o comportamento dos países ricos quanto à condução da política econômica que desaguaram em grandes dividas nas contas públicas e conseqüentemente contaminação da economia no setor privado.

Rousseff disse que a “insensatez” e a “incapacidade política” dos EUA e alguns países europeus são ameaças global com a falta de habilidade de resolverem suas crises.

Olhar para o quintal alheio, e criticar, é muito fácil, no entanto não deveria para quem tem seu próprio quintal com tendências semelhantes.

Se foram as dívidas que trouxeram problemas para esses países é bom reprisar que o Brasil caminha pela mesma trilha com uma divida pública que ultrapassa a 2 trilhões de reais. O pior é a qualidade dos gastos destinados, que durante o governo petista não teve um destino que servisse somente para o desenvolvimento do país, a maioria mal aplicado, e os encargos que produzem são os mais elevados, nocivos, desastrosos do Planeta com juros de 12,5%. Isto significa que aproximadamente 220 bilhões do contribuinte, por ano, são para pagar juros. São 15 vezes o orçamento do DNIT, portanto milhares de quilômetros de estradas que deixamos de construir, em 12 meses, que poderia melhorar a logística do Brasil e amenizar o problema da falta de competitividade. São 3 vezes o orçamento da saúde.

Pelo menos os EUA possui um Congresso que funciona melhor, que pressiona o governo a diminuir os gastos. Aqui o governo gasta a vontade, é o caso da folha de pagamento do funcionalismo público que em oito anos do Lula cresceu de 79 bilhões de reais pra 180 bilhões de reais, sem se perceber melhoria no atendimento publico.

Outro fato que deveria deixar presidente atenta, é que nosso mercado interno está crescendo pela expansão do crédito, onde estamos chegando ao limite, além dos riscos que trazem, e que a nossa economia não está tão maravilhosa quanto o governo quer fazer a população acreditar, senão, teriam aumentado os juros?




Entre Brasil e Argentina é necessário que os acordos sejam bem mais consistentes, que a demonstração de cortesia entre Dilma e Cristina repercuta na pratica, afim deque não aconteça da Cristina fechar as portas para entrada das geladeiras brasileiras, e Dilma criar dificuldade para entrada dos carros argentinos.

3 comentários:

  1. Caro Eduardo, ótimo texto, ótimo mesmo, gostei, muito esclarecedor, cheio de significados bacanas, com uma crítica na medida certa, sem ofender, construtiva, VALEU.
    INTERESSANTE, pagamos R$ 220 bi. por ano, muito bacana, isso merece ser publicado em primeira capa nacional, e teve mais, parte do consumo brasileiro se deve a endividamento, empéstimos para comprar, É UMA LÁSTIMA, não tem desgraça maior. Esse detalhe precisa ser dito, esse cerscimento, onde se empresta dinheiro para as pessoas consumirem é horrível, NÃO TEM SUSTENTAÇÃO, efêmero, endividamos as pessoas, elas só vão poder consumir algo novamente quando quitarem as dívidas, meleca.
    Um presidente nosso comemorava crescimento da economia(Brasil), mas quanto desse bolo se deve ao endividamento das pessoas, endividamento mal pensados, induzidos. DEFINITIVAMENTE É SORRIR PARA NÃO CHOAR.

    VALEU GAROTINHO

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  2. Eduardo. Amigo é muito simples culpar os outros pela nossa incompetência. Infelizmente, adotamos a filosofia de um xará seu, Eduardo Galeano, para quem nossas mazelas são responsabilidades dos países imperialistas. Infelizmente essa mentalidade retrógrada ainda orienta o pensamento da nossa "elite" governamental.

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  3. Tudo isso ta me lembrando aquele dito popular: Gato escondido com o rabo de fora.

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