Inesperadamente surge uma carta de Dilma Rousseff repleta de elogios à administração de FHC, reconhecendo a sua obra como Presidente, 1994/2002, quando nas eleições passada,outubro de 2010, o comportamento fora totalmente diferente, oportunidade que todas as energias eram no sentido de desconstruí-lo. A missiva falava com seguintes teores: "acadêmico inovador", "político habilidoso" e "o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica". Ato que gerou um mal estar no partido da Presidenta.
Vejamos alguns fatos ocorridos no primeiro semestre do governo Dilma.
Ao assumir o governo a Presidenta se depara um imbróglio em que Lula deixou o país mergulhado.
Obrigada a aumentar juros para frear a economia porque faltou investimentos,no governo passado, em infra estrutura para um crescimento sustentável. Juros altos que atraem capital especulativo que valoriza o real que derruba a competitividade da industria brasileira, que aumenta a dívida pública, e para manter sua popularidade se obrigar a ampliar gastos com o bolsa família, que gera dificuldades fiscais, etc.
Em maio deste ano estoura o primeiro escândalo de corrupção no seu governo, caso Palocci II, que ocupava a chefia de Gabinete do governo Federal. De repente aparece o Lula querendo transformar o governo num tribalismo, impondo a defesa de Palocci a qualquer custo, por que o ministro pertence a elite tribal.
Dilma percebe que os 300 picaretas que outrora Lula acusava o Congresso de possuir, pode estar neste congresso que o próprio Lula ajudou a construir. E não para por aí.
Reaparece o caso dos aloprados que tentaram adquirir, em 2006, com R$ 1.700.000,00 um falso dossiê contra José Serra, que , Mercadante, benefiário com um escandalo envolvendo Serra, fala em fantasiosa a idéia. A historia poderia ser fantasiosa se não tivesse o surgimento de tanto dinheiro. Fantasia só gera dinheiro no reino das diversões. Aí surge um questionamento. Se para adquirir um dossiê falso se consegue rapidamente tanto dinheiro imagine para colocar no bolso. O caso nunca teve a devida investigação.
Mal completa 6 meses de governo surge outro escândalo de dimensões catastrófica, com denuncias da revista Veja envolvendo o Ministro dos Transporte Alfredo Nascimento, e um partido da base aliada o PR. A falta de coerência e ética volta a tona quando se tenta emplacar o reino das inocências. O demitido, como Presidente do PR, se propõe a coordenar a sua sucessão sob pena de problema na base.
Com este panorama se completa o raciocínio. Dilma pode estar desenhando uma aproximação com a oposição, FHC seria a porta de entrada. Caso semelhante aconteceu no período do escândalo do mensalão em 2005 quando Lula com medo de um impeachment recorreu a Fernando Henrique Cardoso.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
MAR DE LAMAS
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