terça-feira, 12 de julho de 2011

SERÁ?



Vendo o depoimento de Pagot, no senado, tem-se a idéia de que tudo não passou de um mal entendido. Evidencias são só evidencias não são provas. A presidente cometeu uma injustiça em demiti-los, foi de uma forma deprimente como aconteceu, pois saíram como corruptos. Vejamos um trecho da revista Veja sobre o caso:

“O esquema envolvia tanto dinheiro que, em determinado momento, chegou a causar problemas de administração. “Agente não sabia mais a quem pagar”, conta um empreiteiro. A confusão durou até maio deste ano. “Ligava deputado, senador e funcionário cobrando a mesma coisa”. O diretor do Dnit recebia “entregas” em um hotel de Brasília, “O quarto era uma bagunça. Ele marcava uma reunião lá, a gente chegava, falava sobre a obra, deixava o envelope com o “acerto” em cima da mesa e ia embora como se nada tivesse acontecido. Às vezes, tinha até uma assessora dele junto”, conta o lobista de uma empreiteira. Até a semana passada, Alfredo Nascimento usava um apartamento no mesmo hotel. O chefe de gabinete do ex-ministro Alfredo Nascimento, o auditor Mauro Barbosa, também demitido, tinha menos pudor. Ele recebia seu “acerto” no próprio ministério. Revela um empreiteiro: “O combinado era o “pagamento” ser feito até dez dias depois da liberação das faturas. Uma assessora dele ligava para marcar audiência. A gente colocava o dinheiro em um envelope e deixava sobre a mesa de trabalho dele”.

A partir de maio, diante da reclamação de empreiteiros e da suspeita da cúpula do PR de que a propina não estava chegando integralmente aos cofres do partido, Alfredo Nascimento e o deputado Valdemar Costa Neto, respectivamente presidente e presidente de honra do PR decidiram criar um caixa único e nomear um arrecadador central. O escolhido para o cargo foi Luiz Tito Barbosa, assessor do gabinete do ministro também demitido pela presidente Dilma na semana passada. Discreto e menos conhecido, Tito era mais cauteloso. Orientado pelos colegas sobre a possibilidade de estar sendo monitorado pela polícia, ele não recebia o pagamento nem no ministério nem em hotéis, ao contrário dos outros. Tito marcava encontros em estacionamentos movimentados, normalmente em shoppings de Brasília. Uma das “entregas” recentes aconteceu nas proximidades do PR. Observado, ele chegou, parou o carro e abriu o vidro. Um homem se aproximou rápido e entregou-lhe um envelope branco do qual foram sacadas e sem numeração seqüencial, conforme combinado entre o corrupto e corruptor. Pelo volume, calcula-se que havia no envelope perto de 300.000 reais”.

Intrigante que na demissão fulminante da Presidente atingiram exatamente essas pessoas. Certamente no momento da decisão em demitir a presidente Dilma deve ter olhado uma bola de cristal ou se não sabia desconfiava.

Um comentário:

  1. O título do jornal deveria ser "Isso DAVA cadeia". Como não estamos mais numa democracia, reina a impunidade do Novo Estado Latrocrático Petralha.
    Charge no blog do Fusca:http://fuscabrasil.blogspot.com/2011/07/escandalos-ministeriais-infindaveis.html

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