Raramente, ou quase nunca, um
político se declara de Direita, sempre são de Esquerda ou de Centro, como se
existisse essa condição centrista.
Equivocadamente ela é aceita, até porque ao longo do tempo essa classificação política
fluidificou ao sabor de interesses ideológicos que se proclamavam nobres, passando
a ser interpretado que seria de Esquerda quem contraria os interesses do
Capitalismo e de Direita quem defende, mas nada disso condiz com os princípios
dessa classificação. Vejamos o que diz o sociólogo Olavo de Carvalho: “Estas palavras que, classicamente, já tiveram sua
época, perderam todo o significado que identificava posições
político-ideológicas antagônicas derivadas dos momentos decisivos pré Revolução
Francesa quando os primeiro (nobres e militares) e segundo Estado (clero)
sentaram-se à direita na reunião dos Estados Gerais, e o terceiro (a burguesia)
à esquerda. Enquanto os primeiros desejavam manter a Monarquia absolutista dos
Bourbons, a união entre Igreja e Estado e seus privilégios, a burguesia queria
a Monarquia Constitucional ou a República (os jacobinos atropelaram qualquer
possibilidade da primeira hipótese), a separação Igreja-Estado, a liberdade
econômica, o fim dos privilégios de sangue, uma constituição democrática, a
eleição do Parlamento pelo voto, a redução de impostos e outras concessões
liberais. A esquerda, portanto, defendia o que hoje defendem os liberais e uma
parte dos conservadores que pretendem conservar os ideais Republicanos,
democráticos e da economia de
mercado, retornando aos valores morais e religiosos abandonados pelo progressismo
materialista baseado numa falsa noção de ciência anti-religiosa aplicada ao
social. Desde as teses de Marx, os jacobinos revolucionários se apossaram do
termo esquerda e tudo que se opõe a eles: mesmo a verdadeira esquerda
republicana e democrática, é de direita.
Pelo
visto, ser de Esquerda deveria representar a evolução e nunca o radicalismo sanguinário
produzido pelos jacobinos na França nos anos de 1793 e 1794, ou pelos
comunistas do século passado, em vários países como Cuba, Coréia do Norte,
Moçambique, Rússia etc., com fuzilamentos de milhares de inocentes, cujo crime
era a conquista pessoal da evolução econômica. Verdadeiros assassinos que
nossos governantes cortejam. Essa tentativa no Brasil foi frustrada pelo golpe
militar de 1964.
Acesso a pagina inicial http://mundofoco.blogspot.com.br/
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