quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ESQUERDA & DIREITA


Raramente, ou quase nunca, um político se declara de Direita, sempre são de Esquerda ou de Centro, como se existisse essa condição  centrista. Equivocadamente ela é aceita, até porque ao longo do tempo essa classificação política fluidificou ao sabor de interesses ideológicos que se proclamavam nobres, passando a ser interpretado que seria de Esquerda quem contraria os interesses do Capitalismo e de Direita quem defende, mas nada disso condiz com os princípios dessa classificação. Vejamos o que diz o sociólogo Olavo de Carvalho: “Estas palavras que, classicamente, já tiveram sua época, perderam todo o significado que identificava posições político-ideológicas antagônicas derivadas dos momentos decisivos pré Revolução Francesa quando os primeiro (nobres e militares) e segundo Estado (clero) sentaram-se à direita na reunião dos Estados Gerais, e o terceiro (a burguesia) à esquerda. Enquanto os primeiros desejavam manter a Monarquia absolutista dos Bourbons, a união entre Igreja e Estado e seus privilégios, a burguesia queria a Monarquia Constitucional ou a República (os jacobinos atropelaram qualquer possibilidade da primeira hipótese), a separação Igreja-Estado, a liberdade econômica, o fim dos privilégios de sangue, uma constituição democrática, a eleição do Parlamento pelo voto, a redução de impostos e outras concessões liberais. A esquerda, portanto, defendia o que hoje defendem os liberais e uma parte dos conservadores que pretendem conservar os ideais Republicanos, democráticos e da economia de mercado, retornando aos valores morais e religiosos abandonados pelo progressismo materialista baseado numa falsa noção de ciência anti-religiosa aplicada ao social. Desde as teses de Marx, os jacobinos revolucionários se apossaram do termo esquerda e tudo que se opõe a eles: mesmo a verdadeira esquerda republicana e democrática, é de direita.

Pelo visto, ser de Esquerda deveria representar a evolução e nunca o radicalismo sanguinário produzido pelos jacobinos na França nos anos de 1793 e 1794, ou pelos comunistas do século passado, em vários países como Cuba, Coréia do Norte, Moçambique, Rússia etc., com fuzilamentos de milhares de inocentes, cujo crime era a conquista pessoal da evolução econômica. Verdadeiros assassinos que nossos governantes cortejam. Essa tentativa no Brasil foi frustrada pelo golpe militar de 1964. 

Acesso a pagina inicial  http://mundofoco.blogspot.com.br/

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