sexta-feira, 29 de julho de 2011

SOBERBA




Ontem em Lima capital do Peru,no encontro da Unasul, Dilma não perdeu a oportunidade de criticar o comportamento dos países ricos quanto à condução da política econômica que desaguaram em grandes dividas nas contas públicas e conseqüentemente contaminação da economia no setor privado.

Rousseff disse que a “insensatez” e a “incapacidade política” dos EUA e alguns países europeus são ameaças global com a falta de habilidade de resolverem suas crises.

Olhar para o quintal alheio, e criticar, é muito fácil, no entanto não deveria para quem tem seu próprio quintal com tendências semelhantes.

Se foram as dívidas que trouxeram problemas para esses países é bom reprisar que o Brasil caminha pela mesma trilha com uma divida pública que ultrapassa a 2 trilhões de reais. O pior é a qualidade dos gastos destinados, que durante o governo petista não teve um destino que servisse somente para o desenvolvimento do país, a maioria mal aplicado, e os encargos que produzem são os mais elevados, nocivos, desastrosos do Planeta com juros de 12,5%. Isto significa que aproximadamente 220 bilhões do contribuinte, por ano, são para pagar juros. São 15 vezes o orçamento do DNIT, portanto milhares de quilômetros de estradas que deixamos de construir, em 12 meses, que poderia melhorar a logística do Brasil e amenizar o problema da falta de competitividade. São 3 vezes o orçamento da saúde.

Pelo menos os EUA possui um Congresso que funciona melhor, que pressiona o governo a diminuir os gastos. Aqui o governo gasta a vontade, é o caso da folha de pagamento do funcionalismo público que em oito anos do Lula cresceu de 79 bilhões de reais pra 180 bilhões de reais, sem se perceber melhoria no atendimento publico.

Outro fato que deveria deixar presidente atenta, é que nosso mercado interno está crescendo pela expansão do crédito, onde estamos chegando ao limite, além dos riscos que trazem, e que a nossa economia não está tão maravilhosa quanto o governo quer fazer a população acreditar, senão, teriam aumentado os juros?




Entre Brasil e Argentina é necessário que os acordos sejam bem mais consistentes, que a demonstração de cortesia entre Dilma e Cristina repercuta na pratica, afim deque não aconteça da Cristina fechar as portas para entrada das geladeiras brasileiras, e Dilma criar dificuldade para entrada dos carros argentinos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ALUCINAÇÃO


Olanta Humala, novo presidente do Peru

Olanta Humala assume hoje, dia 28 de julho, a presidência do Peru, ajudado pelo PT na campanha para derrotar Keiko Fujimori que tinha uma leve vantagem. É também uma vitoria para os petistas que contabilizam mais um presidente esquerdista na America do Sul, ficando de fora a Colômbia e o Chile. Neste último a presidente Michelle Bachelet de esquerda que entregou o cargo em 2010, para Sebastian Piñera (centro-direita), teve uma administração sem contrariar os interesses do capitalismo.

Os esquerdistas festejam porque assim acreditam que serão eles os redentores da região, os promotores do desenvolvimento, como se os princípios econômicos defendidos por eles frutificassem, como não se valessem das ações eminentes da direita ou centro-direita. O Peru é exemplo de crescimento expressivos por ações que a esquerda mais detesta fazer, “privatizar”. Como estava acontecendo no Brasil, no Peru recentemente, o ex-presidente Alan Garcia (direita) colocou o país num dos maiores patamares de crescimento mundial, este ano previsto para 6,5% após crescimento de 8,6% em 2010.

Evo Morales não teve essa sorte e andou na contramão aplicando ideologias esquerdista, com estatização e etc., daí a situação caótica que mergulhou seu país.

No discurso de Guido Mantega em 26 deste mês, na plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômicos e Social, ele falou: “Brasil é um dos países mais bem preparados para enfrentar a crise, pois têm fundamentos econômicos sólidos e um forte mercado interno”. Numa linguagem fora do alcance popular, Mantega elogia Fernando Henrique Cardoso.

O fato dos esquerdista gerir uma economia atendendo os anseios dos mercados não é garantia de que tudo vai funcionar bem. É o nosso caso, que todo otimismo expresso pelo governo é uma forma de esconder seus deslizes. A revista The Economist falou em edição no mês passado; “A economia brasileira está ficando uma bicicleta difícil de se pedalar”.

sábado, 23 de julho de 2011

INVESTIGAÇÃO DE GOVERNO



Impressionante os desfechos no Ministério dos Transporte, com ações imediatas da presidenta, mais impressionante, ainda, o silencio por onde fluía tanta corrupção, de forma que, Dilma nem questiona, é denunciado está demitido, como se fosse conhecedora dos fatos, exceto o petista Hideraldo Caron, que não teve demissão imediata deixando a cúpula do PR indignada, com razão, mas que finalmente bateu em retirada dia 22.07 – sexta feira, acalmando um pouco mais o PR. Quanto as ameaças dos republicanos etc., é abuso ou mesmo ignorar o eleitorado que apóia a Presidente.

Minha preocupação, também, é com a instituição que é importante para o exercício da democracia, mas da forma como os políticos querem agir, é revoltante, e torna o Congresso desnecessário, pior nocivo, barganhar para o mal.

As investigações estão sendo encaminhadas para a CGU – Controladoria-Geral da União. Vale um comentário sobre o caminho destas investigações.

No inicio do primeiro mandato de Lula houve uma manifestação de intervenção administrativa no Ministério Público pelo Executivo, pelas reações ocorridas e as garantias constitucionais de independência foi tudo dito pelo não dito.

Então, o governo passado transformou a Corregedoria-Geral da União (criada em abril de 2001) que tinha o objetivo, no âmbito do Poder Executivo Federal, combater a fraude e corrupção, em Controladoria-Geral da União com objetivos semelhantes. Na verdade a Controladoria deveria detectar um foco de corrupção investigar e informar ao Presidente antes da imprensa, e encaminhar para o Ministério Público. Portanto, o Ministério Público produz investigação de justiça enquanto a Controladoria produz investigação de governo.

O Lula aparelhou a Controladoria preferencialmente ao Ministério Público, e a Controladoria, no andar de baixo, faz um trabalho elogiável. Mas, por ser investigação de governo, subordinado ao executivo, torna-se mais difícil o mesmo sucesso no andar de cima, tanto que ocorrido no Ministério do Transporte, não houve a percepção da Controladoria, isso não deixa de ofuscar os resultados das investigações sobre o DNIT feito atualmente por esse órgão do executivo.

Não é fácil acreditar num governo onde possui um ex-presidente que não participa do governo, mas nos bastidores expressa poder, principalmente quando dar uma palestra, embolsa R$ 200,00 e é acusado pela imprensa de prometer falar com o ministro da fazenda para amenizar os impostos da empresa que lhe pagou, ou que anda pelo país em jatinhos das empreiteiras, fazendo política.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

JUROS ALTOS, POR QUÊ?



Hoje o Banco Central brasileiro elevou a taxa básica de juros em 0,25%. O que isto significa?

1 – que aumenta o crescimento da dívida do país ao ano, algo próximo de 5 bilhões de reais, só por causa desses ,025%
2 – que os devedores de cartão de crédito, cheque especial terão um pequeno acréscimo em suas dividas.
3 – que o país ficará um pouquinho menos competitivo.
4 – Estimula um pouco mais a entrada de dólares, tornando o Real mais fortalecido.

A política de juros altos teve origem no lançamento do Plano Real. Acontece que, tecnicamente, não havia outra forma de estabilização da moeda que não fosse por um referencial e, este, foi o dólar, “a paridade”. E como manter este cambio fixo sem reservas? como rolar dívidas com histórico de rompimento de contratos no passado? Os juros altos foi uma tentação para entrada de moeda estrangeira através de investimentos especulativos, na época, altamente vital. O Real para sobreviver o governo teria que abandonar as práticas dos anteriores na emissão de moeda para cobrir os déficits orçamentários. O país teria que viver da arrecadação e cobrir os déficits com empréstimos bancários, vendas de títulos e negociar dívidas. Dessa forma o Brasil começou a tomar forma de economia confiável e possibilidades de altos investimentos.E os investimentos externos aconteceram, conforme demonstrativo abaixo:


Ano/investimento Externo em bilhões de dólares:


1994                             2,1                                         
19954,4
199610,8
199828,8
199928,5
200032,7
200122,4
200216,5
20038,0


Fonte do Banco Central

Analisando este quadro verificamos que a moratória do governador Itamar em 1999 estancou o crescimento de investimentos externos. O apagão de 2001 e a quebra da Argentina contribuíram para a queda acentuada de investimentos externos, agravando com as eleições de 2002, sob ameaças petistas de romper com o FMI e rever privatizações.

O importante é que esses investimentos ajudaram muito a equilibrar as contas externas e diminuir a dependencia de capital especulativo, tanto que no final do governo FHC deu-se inicio a taxação de investimentos especulativos, que o Lula cancelou em 2006 para antecipar a última parcela do FMI, e ajudou na fortalecer o Real que hoje tira o sono da área econômica do governo.

Em decorrência dessa forte entrada de dólares, o cambio fixo que muito prejudicou a economia, começou a perder importância em 1998 e o governo antes das eleições começou articular está mudança com uma desvalorização programada, que deveria ter acontecido no primeiro semestre daquele ano. Mas o temor da feroz oposição petista fazer o eleitorado acreditar que o Real estava se deteriorando o governo preferiu adiar e o Banco Central passou a ter 2 diretores a partir de agosto de 1998, Gustavo Franco, legalmente, que se recusava executar a mudança e Francisco Lopes para trabalhar na desvalorização do Real previsto para início do ano seguinte. Deveria ter sido em novembro/98. O mercado vivia uma expectativa e a demora era inexplicável.

Janeiro de 1999 a declaração de moratória de Minas Gerais foi a gota d’agua, era tudo que faltava para o mercado promover a desvalorização do Real, e o governo perdeu a oportunidade de exercer essa mudança de forma mais tranqüila. Os opositores vibraram, cantaram no carnaval de 99; “o real acabou”.

A desvalorização produziu um beneficio imediato na economia, as exportações começaram a crescer e a confiança do mercado nos fundamentos econômicos implementados pelo governo garantiu a estabilidade da moeda.

Os juros voltaram a declinar chegou próximo a 13% em 2002, essa era política de juros que começou em torno de 40% em 1995 e alcançar um digito com o fortalecimento da economia.

Ano 2002, as eleições presidências e, grandes chances do Lula ser vitorioso provocaram fugas de dólares em alta velocidade e, novamente necessidade de subir juros. FHC entregou o governo para Lula com juros de 19% que ainda teve de subir em 2003 para 26%.

A nomeação na área econômica de pessoas que agradaram o mercado e a sinalização de que não haveria modificação na política econômica trouxe a volta da normalidade e os juros voltaram a cair seguindo a trajetória prevista pelo governo anterior.



Por que os juros voltaram a crescer? Continuaremos numa postagem em breve.

HOMOFOBIA



Pai e filho foram agredidos por serem confundidos como gays na cidade São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Um suspeito foi preso confessou a agressão, mas o juiz não concedeu a prisão por se tratar de crime leve.

É lamentável que um criminoso confesso fique solto por ser considerado crime leve quando se trata de agressão física. Arrancou um pedaço da orelha de uma pessoa por acreditar que se tratava de um casal gay, o que significa que se trata de criminoso seqüencial, porque cada vez que ele encontra um gay, minto, como são covardes, agridem quando estão de grupo o que é mais grave. Para um país mergulhado na violência isso pode ser considerado crime leve, de pouca importância. Que grau de importância daria se acontecesse com você ou alguém de sua família? O comodismo nos deixa esperar que um dia sejamos vitima, certamente não iremos considerar um crime leve.

Assim é a lei, fraca, leniente com a criminalidade. O problema não é a falta de lei contra a homofobia, toda violência é igual, tanto faz ser contra gays ou heteros, a punição deveria ser imediata. Responder em liberdade num processo que depois do esquecimento público, e as artimanhas jurídicas, não se sabe o que acontecerá.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

TEATRO



Foi uma festa no 52º Congresso da UNE em Goiânia dia 13.07.2011, com estilo de palanque armado pela UNE para o ex presidente LULA, oportunidade que mais uma vez foi exaltada a criação do PROUNI sancionado em 2004. Intrigante é que o Lula não muda o estilo, time que está ganhando não se deve mexer, assim acredita. Atacou o vento: “Me criticaram porque eu criei o PROUNI”.

Quem criticou? Provavelmente quem incentivou a multiplicação das Universidades privadas. Ação esta, que o Lula foi contra. Dizia que estavam privatizando o ensino Superior. Portanto, pergunto: Sem as Universidades privadas existiria PROUNI? Não. Então Lula sancionou, mais não criou o PROUNI, faz parte do projeto previsto na expansão das Universidades Privadas, e atendimento às classes menos favorecidas. A administração é impessoal, é um processo, cria quem gera a idéia.

Interessante, também, foi o presidente da UNE, Augusto Chagas falar que não era por ter recebido 7 milhões do governo em pouco mais de dois anos que possui tendências governista. Foi preciso essa afirmação, porque, certamente, nem ele mesmo acredita nisso. Com tanta denuncia de corrupção e desfechos mal solucionados. Qual é o motivo para tanta festa? Fico por aqui. São estudantes que freqüentam escolas que ainda não souberam explicar direito, as atrocidades vividas em países que submergiram ao comunismo. Será que desejam que nosso país passe por essa insensatez?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PÃO & CIRCO



Albertão em Teresina inaugurado em 1973 - "ELEFANTE BRANCO" tempo das vacas gordas. Época que as contas do governo eram irrigadas pelo FMI



Com a demissão do ministro do transporte Alfredo Nascimento e o depoimento de Pagot no senado na última terça feira dia 12.07.2011 afirmando inexistência de qualquer indício de corrupção no Dnit convenceu a todos que queriam ser convencidos, aos que são alheios a este tipo de movimentação política, infelizmente a grande massa. Não contentou as pessoas que estão vigilante ao processo de gasto do governo. Infelizmente uma minoria.

Esta alienação política não acontece por acaso, remonta dos meados do século passado quando aconteceu o golpe Militar em 31 de março de 1964. Na época em meios de grandes conflitos uma opção foi o velho recurso do “pão e circo” que continua contemporânea desde a Roma antiga.

No momento do golpe militar, Roberto Marinho havia adquirido uma concessão de TV em julho de 1957 e, inaugurada em 26 de abril de 1965 na cidade do Rio de Janeiro. Foi uma emissora que nasceu grande e poderosa. A GLOBO foi para a sociedade brasileira, o surgimento do progresso e das inovações em telecomunicações. A modernidade.

Os militares investiram no futebol, construindo caríssimos estádios de futebol por todo país, muitos deles quase sem utilização e que hoje só servem para encarecer os orçamentos dos Estados em manutenção. A prática esportiva se tornou nacionalista, emocionante e houve forte estímulos, surgindo cantorias oportunas. “Noventa milhões em ações pra frente Brasil, salve a seleção...”

A Globo divulgava entusiasticamente o desenrolar dos eventos esportivos principalmente o futebol como incentivo de ocupação masculina e, oportunidade que surgiram as famosas Telenovelas que projetaram grandes sucessos de Janete Clair e outros, para o público feminino. É melhor ocupar a mente do povo para descobrir quem matou Salomão Rayala, (77/78). Assim se esquecia de informar o que acontecia em Xambioá em seus mais cruéis detalhes. Portanto, novela e futebol passaram a ser os mais degustáveis assuntos em qualquer roda social.

Esta ajuda da Globo foi declarada num artigo de Roberto Marinho publicado no jornal O GLOBO em 1984: “Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais e preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada...”

Assim estava formado o circo com sucesso. O pão ocorreu com ajuda dos Estados Unidos com o Programa Aliança para o Progresso, lançado em 1961, no governo de John Kennedy, que durou até 1970 com o objetivo de fomentar em toda America Latina o desenvolvimento econômico, com ajuda técnica, financeira e distribuição de alimentos (leite, queijo, massas) em regiões mais carentes.

O Regime Militar acabou e restou um povo de pouca educação no sentido mais amplo, porque até o ensino acadêmico foi sucateado. Um povo que não diferencia ditadura de democracia, pelo temor de opinar, de participar e até de se indignar publicamente. Exceto os estudantes que ainda se movem em momentos que são conduzidos. Dessa forma, é mais confortável continuar conversando de futebol e de Salomão Rayla.

Esta situação foi muito criticada, no passado, pelos atuais detentores do poder, hoje beneficiários, que se sentem confortáveis em acreditar que tudo está resolvido com os desfechos dos sucessivos escândalos de corrupção que ficam sem conclusão por apatia popular.





Castelão em São Luis pouco utilizado

terça-feira, 12 de julho de 2011

SERÁ?



Vendo o depoimento de Pagot, no senado, tem-se a idéia de que tudo não passou de um mal entendido. Evidencias são só evidencias não são provas. A presidente cometeu uma injustiça em demiti-los, foi de uma forma deprimente como aconteceu, pois saíram como corruptos. Vejamos um trecho da revista Veja sobre o caso:

“O esquema envolvia tanto dinheiro que, em determinado momento, chegou a causar problemas de administração. “Agente não sabia mais a quem pagar”, conta um empreiteiro. A confusão durou até maio deste ano. “Ligava deputado, senador e funcionário cobrando a mesma coisa”. O diretor do Dnit recebia “entregas” em um hotel de Brasília, “O quarto era uma bagunça. Ele marcava uma reunião lá, a gente chegava, falava sobre a obra, deixava o envelope com o “acerto” em cima da mesa e ia embora como se nada tivesse acontecido. Às vezes, tinha até uma assessora dele junto”, conta o lobista de uma empreiteira. Até a semana passada, Alfredo Nascimento usava um apartamento no mesmo hotel. O chefe de gabinete do ex-ministro Alfredo Nascimento, o auditor Mauro Barbosa, também demitido, tinha menos pudor. Ele recebia seu “acerto” no próprio ministério. Revela um empreiteiro: “O combinado era o “pagamento” ser feito até dez dias depois da liberação das faturas. Uma assessora dele ligava para marcar audiência. A gente colocava o dinheiro em um envelope e deixava sobre a mesa de trabalho dele”.

A partir de maio, diante da reclamação de empreiteiros e da suspeita da cúpula do PR de que a propina não estava chegando integralmente aos cofres do partido, Alfredo Nascimento e o deputado Valdemar Costa Neto, respectivamente presidente e presidente de honra do PR decidiram criar um caixa único e nomear um arrecadador central. O escolhido para o cargo foi Luiz Tito Barbosa, assessor do gabinete do ministro também demitido pela presidente Dilma na semana passada. Discreto e menos conhecido, Tito era mais cauteloso. Orientado pelos colegas sobre a possibilidade de estar sendo monitorado pela polícia, ele não recebia o pagamento nem no ministério nem em hotéis, ao contrário dos outros. Tito marcava encontros em estacionamentos movimentados, normalmente em shoppings de Brasília. Uma das “entregas” recentes aconteceu nas proximidades do PR. Observado, ele chegou, parou o carro e abriu o vidro. Um homem se aproximou rápido e entregou-lhe um envelope branco do qual foram sacadas e sem numeração seqüencial, conforme combinado entre o corrupto e corruptor. Pelo volume, calcula-se que havia no envelope perto de 300.000 reais”.

Intrigante que na demissão fulminante da Presidente atingiram exatamente essas pessoas. Certamente no momento da decisão em demitir a presidente Dilma deve ter olhado uma bola de cristal ou se não sabia desconfiava.

NADA A DECLARAR



O convite da Dilma ao senador Blairo Maggi (PR-MG) deve ter havido algum significado, e nada ou pouco se sabe das articulações nos bastidores, certamente deve ter acontecido uma pré ação para que Blairo, padrinho de Luiz Antonio Pagot (ex-diretor do Dnit), garantir que seu afilhado nada falaria que tomasse o Planalto de sobressalto. “Pagot não apontará dedo a ninguém” afirmou Maggi. Dessa forma tudo se resolve. Provar é difícil. Só sentimos. Sentimos as estradas se acabarem apesar do governo bater recordes de arrecadações a cada ano. Saúde, Educação e Segurança que não melhoram e um governo faminto por impostos. Carga tributária altamente pesada, que exporta empregos.



CONVERSANDO TUDO SE RESOLVE

VALE TUDO



È grande a expectativa do Planalto sobre o depoimento,no Senado, do diretor afastado do Dnit Luiz Antonio Pagot, envolvido no escândalo do Ministério dos Transportes que culminou com a demissão de Alfredo Nascimento. Pagot inicialmente fora demitido pela Presidenta, mas que se sentiu injustiçado porque como ele próprio falou. “Só cumpria ordens”. Conforme a revista Veja ele foi afastado no sábado (02.07.2011) mas na segunda feira deu expediente normalmente num gesto claro de quem desafia a Presidente, entrou de férias assegurando que voltaria – ou que jamais seria demitido.
Continua a Veja: “Pagot chegou a insinuar que o dinheiro coletado também custeou a candidatura da Dilma”.

Como no escândalo de Palocci, também, houve menções de que a W. Torres umas das clientes da consultoria do ex Ministro havia depositado 2 milhões de reais em duas parcelas de um milhão de reais, para a campanha de Dilma. Após a saída do Ministro veio o silencio dessas acusações. Nada de satisfação ou de investigações, assim, com certeza, o mal feito exala menores odores.

Fica evidente que propinas para campanhas, principalmente, para candidatos majoritários do PT são considerados pequenos delitos tanto pelos partidos como, também, pela maioria do eleitorado e imprensa de massa, e assim a omissão se torna a solução mais viável conseqüentemente o esquecimento mais rápido. Essa embriagues no período eleitoral que favorece a promiscuidade, o vale tudo é tão criminosa quanto ao filho do ex ministro que, conforme revista Veja, em 2005 montou uma empresa com o capital de R$ 60.000,00 e em 2008 apresentava um patrimônio de 52 milhões de reais.

É uma pratica que não será corrigida por nenhuma reforma eleitoral sem que a indignação da sociedade se pronuncie.

domingo, 10 de julho de 2011

FILANTROPIA DO PT



Esta imagem de uma montanha de dinheiro não é fantasiosa, não é miragem, como Mercadante quer que se acredite. Esta foto não foi realizada no Banco Central ou na casa de um bilionário, Ela foi feita na polícia. È real. O dinheiro não apareceu do nada. O proprietário não tem coragem de reclamar, de dizer: este dinheiro é meu, perdi na encruzilhada, ou me roubaram, devolvam meu dinheiro etc. Só restou o silencio e a má vontade de investigar.

Após quase cinco anos sem que ninguém reclamasse sua propriedade, a montanha de dinheiro apreendida com os "aloprados do PT" em 2006 deverá, enfim, ter uma destinação nobre. O Ministério Público Federal encaminhou uma petição à Justiça pedindo uma audiência, com a participação da União, para definir o que fazer com o R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar um falso dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB). Se a Justiça aceitar, as autoridades devem nomear uma entidade filantrópica a ser beneficiada.



Como acreditar nas sinceras palavras de Mercadante?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MAR DE LAMAS



Inesperadamente surge uma carta de Dilma Rousseff repleta de elogios à administração de FHC, reconhecendo a sua obra como Presidente, 1994/2002, quando nas eleições passada,outubro de 2010, o comportamento fora totalmente diferente, oportunidade que todas as energias eram no sentido de desconstruí-lo. A missiva falava com seguintes teores: "acadêmico inovador", "político habilidoso" e "o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica". Ato que gerou um mal estar no partido da Presidenta.

Vejamos alguns fatos ocorridos no primeiro semestre do governo Dilma.

Ao assumir o governo a Presidenta se depara um imbróglio em que Lula deixou o país mergulhado.

Obrigada a aumentar juros para frear a economia porque faltou investimentos,no governo passado, em infra estrutura para um crescimento sustentável. Juros altos que atraem capital especulativo que valoriza o real que derruba a competitividade da industria brasileira, que aumenta a dívida pública, e para manter sua popularidade se obrigar a ampliar gastos com o bolsa família, que gera dificuldades fiscais, etc.

Em maio deste ano estoura o primeiro escândalo de corrupção no seu governo, caso Palocci II, que ocupava a chefia de Gabinete do governo Federal. De repente aparece o Lula querendo transformar o governo num tribalismo, impondo a defesa de Palocci a qualquer custo, por que o ministro pertence a elite tribal.

Dilma percebe que os 300 picaretas que outrora Lula acusava o Congresso de possuir, pode estar neste congresso que o próprio Lula ajudou a construir. E não para por aí.

Reaparece o caso dos aloprados que tentaram adquirir, em 2006, com R$ 1.700.000,00 um falso dossiê contra José Serra, que , Mercadante, benefiário com um escandalo envolvendo Serra, fala em fantasiosa a idéia. A historia poderia ser fantasiosa se não tivesse o surgimento de tanto dinheiro. Fantasia só gera dinheiro no reino das diversões. Aí surge um questionamento. Se para adquirir um dossiê falso se consegue rapidamente tanto dinheiro imagine para colocar no bolso. O caso nunca teve a devida investigação.

Mal completa 6 meses de governo surge outro escândalo de dimensões catastrófica, com denuncias da revista Veja envolvendo o Ministro dos Transporte Alfredo Nascimento, e um partido da base aliada o PR. A falta de coerência e ética volta a tona quando se tenta emplacar o reino das inocências. O demitido, como Presidente do PR, se propõe a coordenar a sua sucessão sob pena de problema na base.

Com este panorama se completa o raciocínio. Dilma pode estar desenhando uma aproximação com a oposição, FHC seria a porta de entrada. Caso semelhante aconteceu no período do escândalo do mensalão em 2005 quando Lula com medo de um impeachment recorreu a Fernando Henrique Cardoso.