terça-feira, 12 de junho de 2012

MALADRAGEM

J. R. Guzzo escreveu na revista Veja em 2011; E a malandragem? Diz o seguinte:
“O Brasil vem se tornando, nos últimos anos, uma espécie mundial da tapeação. O grande responsável por essa realização nacional é o governo, ou quem manda no governo, com o desenvolvimento de técnicas cada vez mais avançadas e eficientes para convencer a opinião pública de que coisas que todo mundo está vendo não existem – ou que existem coisas que ninguém consegue ver. Isso ajuda, e muito, todas as vezes que aparece uma história feia, que o governo quer esconder, ou quando ela decide fabricar uma historia, para mostrar méritos que não tem. Quase sempre a platéia acredita na mágica, bate palmas e diz, nas pesquisas de popularidade, que o governo é ótimo – ou, então, não mostra maior interesse no assunto, nem nas fábulas que a propaganda oficial está lhe contando. Não acredita nem desacredita; apenas não liga. O resultado é que o Brasil, hoje em dia, se transformou num dos países onde é mais fácil para o governo passar qualquer conto do vigário no público em geral.”

Isso acontece, principalmente, pela falta de interesse, da sociedade, pelos problemas coletivos, falamos mal da justiça, da educação, da saúde, da segurança, das estruturas de vias de acessos das cidades que crescem, do transporte coletivo etc., mas, mesmo assim dizemos que o governo é ótimo ou bom. Então, pra que mudar? Se a maioria está satisfeita. É a maioria que elege. Nos deparamos com esse mar de ineficiência, quando somos atingidos por uma justiça que não funciona, pelo trauma nos atendimento dos hospitais, pelo transito engarrafado e ruas esburacadas. Neste momento, a maioria, não tem idéia da carga tributária cujo maior peso é o baixo retorno à população. Então, o governo investe na fabricação do otimismo e continua cometendo o mesmo erro. Gastando mal, desvalorizando o sacrifício do contribuinte.

Este panorama abre espaço para se prosseguir ignorando a minoria.

Lula embolsa 200.000,00 reais em uma palestra com a Tetra Pak, e, esta, solicita amenizar os impostos aí, ele, promete tratar o assunto com o ministro Guido Mantega. O governo é da companheira mas, o ministro é dele. Para muitos, pode parecer uma coisa sem importância, mas não é, se torna um exemplo que certamente será seguido em boa parte da administração pública. Dessa forma, aparece aquele que gosta de um agrado para facilitar. É um atestado de que, quem trabalha dentro da ética é otário.

Muitos apóiam o governo por ser considerado progressista "por tendências esquerdistas", sem perceber que, só não deram errados porque abandonaram o discurso de esquerda e passaram a seguir as diretrizes econômicas da direita. Outros porque acreditam que o Lula foi o salvador da economia, quando a verdade está aqui.

Prometem acabar com a miséria porque convencionaram, que, quem ganha 71,00 reais por mês, não é mais miserável. Em qualquer orla marítima das capitais nordestina os bares são invadidos por crianças de 10 anos acima vendendo quinquilharias, essas crianças podem ganhar mais de 70,00 reais por mês, mas continuam na miséria. Se o governo lhe proporcionasse escola de qualidade mudaria essa realidade. Distribuindo dinheiro não mudará, mas cooptará com maior velocidade o voto da família. Certamente é umas das formas eficientes de convencer a opinião pública que o jornalista Guzzo se refere

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