O Lula
não é somente um vice-presidente, muito mais que isso, é um
vice poderoso. Foi acusado pela imprensa, de prometer à uma empresa, a Tetra Pak, após uma palestra remunerada,
falar com o ministro da Fazenda para
aliviar impostos da empresa. Tem o poder
de criar uma CPMI com objetivo de incriminar desafetos. Tem o poder de dizer
que a CPMI está sobre seu controle. Tem o poder de tentar chantagear um
ministro do Supremo, sair ileso, e ainda ser aplaudido no 5º Fórum de
Desenvolvimento Ministerial. Tem o poder de desconstruir bons gestores
públicos, inclusive declarar que em 2014 será candidato a presidente, caso
Dilma não queira concorrer o segundo mandato, ”só para não deixar um tucano voltar ao Planalto”,
portanto, tem o poder de se eleger no momento que quiser. Certamente em defesa
dos destinos do país, porque a gestão tucana foi desastrosa, muito pior que a
de seus aliados de ultima hora, Sarney e Collor, gestões que não há o que
desconstruir, foram mesmo desastrosos. No
entanto, se desconstrói quem construiu. Como disse a Dilma Rousseff, no desejo de
irritar petista, numa carta à FHC no ano passado: “O presidente que contribuiu
para a consolidação da estabilidade econômica”. Pegando a carona na
desconstrução Hadadd fala o seguinte: “Eu duvido que alguém tenha saudade dos tempos
de Fernando Henrique Cardoso”. Apesar de toda minha admiração pelo FHC eu dou
razão para o candidato do Lula, eu também não quero que volte os tempos de FHC. É
por isso que eu escrevo nesse blog insistentemente pedindo a presidente de plantão que
promova ações que gerem um ambiente favorável à economia.
Os
tempos de Lula foram bem melhores do que os de FHC, a estabilidade econômica de que
a Dilma falou, transformou nosso ambiente
para o capitalismo desenvolver, e ao governo Lula antecederam maciços investimentos na
modernização do parque Industrial, no setor de agronegócios, que proporcionou a população a usufruir de
créditos e adquirir bens duráveis, e pequenos negócios puderam prosperar, que prosseguiu aos tempos de Lula.
Voltar
os tempos FHC só caindo, novamente numa crise inflacionária como dos anos
oitenta e início dos anos noventa. Rezemos para que isso nunca aconteça porque
vamos ter muita dificuldade de encontrar um FHC, que acontece de 100 a 100
anos. O primeiro foi Campos Sales (1898 a 1902). Organizou o país numa situação
semelhante, foi vaiado pela população, mas seu sucessor Rodrigues Alves fez uma
administração agradável na ótica popular.
O segundo, Fernando Henrique Cardoso, surge quase 100 anos depois.
Lula deu
uma lição para os políticos. Não façam o que deve ser feito e sim o que parece ser bom para a população. E como todo
político deseja o status político do ex-presidente teremos dificuldades de
arrumar a casa novamente numa eventual
situação caótica. Nem mesmo os psdebistas se arriscarão.
Seria oportuno
lembrar ao nosso poderoso ex-presidente que o país não está bem, estamos próximo
a uma estagnação na economia, e não se trata só da crise europeia, pois os
resultados dos demais países emergentes são bem superiores, mas principalmente
por não ter prosseguido a “agenda FHC”, apesar de ter continuado com os
fundamentos econômicos deixados pelo antecessor. Preferiu criticar privatização
e quando tentou fazer foi sem sucesso. Continuar melhorando o ambiente favorável a
economia foi sua omissão, por isso o país tem dificuldades de continuar
crescendo, ou permanecer no ciclo de crescimento sustentável como tanto
expressa a nossa presidente. É o desafio da sucessora que timidamente faz
alguma coisa. Prefere ficar com medidas de desova de estoques. Ações que impressionam, e que produzem crescimentos momentâneos, mas
não estimulam investimentos.
Por
isso Lula volte a ser presidente, e não deixe um tucano voltar ao Palácio do
Planalto, mas não se esqueça de fazer, desta vez, o dever de casa como fez o
tucano, senão V. Ex.ª vai desejar a permanência dessa crise, para ter sempre um desculpa para
justificar as pequenas taxas de crescimento que se conservará no Brasil.
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