sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PEC 300



A ambição pelo poder conduz os políticos a comportamentos variáveis numa lógica oportunista, que leva a se vestirem de cordeiros, a distribuir simpatias, ás infinitas bondades, a inconseqüência. É a luta pela vitoria a qualquer custo. Se destrói a reputação de bons gestores para usurpar os bons resultados de medidas estruturais feitas no passado. Atropela-se a ética e moralidade.

Em maio de 2008, em ginásio repleto de policiais, Lula fez mais um discurso de gestor bondoso criando a expectativa de igualar os honorários dos militares do restante do país ao de Brasília, que na época ganhavam R$ 4.117,00.

“... e como agente torce para que não haja nenhum infortúnio , é importante agente pagar bem todos os meses para que agente tenha tranqüilidade todos os meses 365 dias por ano...”

“...porque a partir do que aconteceu em Brasília, nos vamos ter todos Estados querendo...”


Daí nasceu a PEC 300, que iguala os salários dos policiais do país inteiro ao de Brasília, e os Estados (a maioria deles) que não pudesse pagar a União completaria
.
Essa proposta de emenda constitucional foi habilmente usada na campanha da candidata Dilma. Ajudou a elegê-la. Uma entre outras promessas que Dilma não vai cumprir.

Ao assumir a presidência, a soberana percebe que não tem dinheiro e que o aumento desses oficiais geraria nas forças armadas reivindicações no mesmo sentido. Ela determina a sua robusta base aliada, o eterno adiamento da PEC 300.

Mais de um ano depois, as expectativas que todos alimentam por aumento de salários que chegaria, em muitos casos, a multiplicar por 4, agora recebem propostas de correção inflacionaria e pequenos ganhos divido por vários anos.

Num país onde as leis suscitam à impunidade, onde o Presidente desrespeita as leis eleitorais e ainda zomba, é um passo para um motim.

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