QUEM
QUEBROU O BRASIL FOI GEISEL, AFIRMA DELFIM. Com este título a Folha de São
Paulo exibe uma entrevista com o ex-ministro da Fazenda de Médici. A
responsabilidade de Geisel ocorreu porque como presidente da Petrobras no
governo Médici, no momento da cartelização do petróleo pelos árabes, ele se
negou a abrir a exploração de petróleo a empresas privadas, assim o entrevistado faz acreditar.
A
crise do petróleo ocorrida na década de setenta foi à grande desculpa para o
fim do milagre econômico brasileiro ocorrido no governo de Médici, é muito
fácil encontrar o culpado perante uma nação que não pensa por ignorância ou por
comodismo.
Queria
o ministro, na época, que numa economia fechada se abrisse um foco de
liberalismo sobre o setor mais polemico e os demais permanecessem como estavam
e tudo daria certo. Acredito que, naquele tempo, não havia interesse privado no
setor para produzir com velocidade de exploração necessária para evitar a
quebradeira, como ele mesmo falou na entrevista que as reservas brasileiras
eram praticamente para um ano de exploração. Por outro lado a primeira subida
em 1973 chegou a U$ 6,00 valor baixo que produzisse atração para a iniciativa
privada entrar nesta aventura que, certamente, só compensaria no final da
década de setenta quando o preço do óleo ultrapassou a U$ 20,00, o sucesso
alcançado após a lei 9.478/97 com a quebra do monopólio de exploração da
Petrobras não seria o mesmo no início dos anos setenta. O sucesso atual ocorreu
porque o Geisel, que endividou a Petrobras, como ele falou, jogou a empresa
para o mar em busca do produto, foi uma aventura que deu certo.
Enquanto
a nação brasileira viver desse artifício de uma justificativa que caiba na
cabeça miúda da maioria dos brasileiros for o ponto final, não vamos a lugar
nenhum, o país carece de discussão sobre a razão do país quebrar no regime
militar, deveria ser discutido porque por falta desta ação o país vive
repetindo erros e os milhões de “excluídos” não mudaram a sua condição.
Eu
diria que os militares não fizeram boa condução da política econômica porque
combateram o comunismo, mas não combateram a ideologia e as reformas de Costa e
Silva foram baseadas em propostas econômicas socialistas onde o Estado era o
maior empresário, chegamos a ter mais 50% da economia na gestão do governo.
Portanto, acredito que, o erro foi na construção dos pilares econômicos com
modelo estatizante, faltou a ideia liberalista de Pinochet do Chile, e essa
comparação é considerada atrevida, porque no consenso dos “intelectuais”
brasileiros, Pinochet foi totalmente errado, criminoso, e etc, o politicamente
correto é Fidel Castro que matou muito mais que o general chileno e de troco
levou o povo para opressão. Se nós somos o produto dos nossos raciocínios, então,
nossos resultados sempre serão medíocres.
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