domingo, 6 de abril de 2014

DERROCADA DO MILAGRE ECONÔMICO DOS MILITARES.

QUEM QUEBROU O BRASIL FOI GEISEL, AFIRMA DELFIM. Com este título a Folha de São Paulo exibe uma entrevista com o ex-ministro da Fazenda de Médici. A responsabilidade de Geisel ocorreu porque como presidente da Petrobras no governo Médici, no momento da cartelização do petróleo pelos árabes, ele se negou a abrir a exploração de petróleo a empresas privadas, assim o entrevistado faz acreditar.

A crise do petróleo ocorrida na década de setenta foi à grande desculpa para o fim do milagre econômico brasileiro ocorrido no governo de Médici, é muito fácil encontrar o culpado perante uma nação que não pensa por ignorância ou por comodismo.

Queria o ministro, na época, que numa economia fechada se abrisse um foco de liberalismo sobre o setor mais polemico e os demais permanecessem como estavam e tudo daria certo. Acredito que, naquele tempo, não havia interesse privado no setor para produzir com velocidade de exploração necessária para evitar a quebradeira, como ele mesmo falou na entrevista que as reservas brasileiras eram praticamente para um ano de exploração. Por outro lado a primeira subida em 1973 chegou a U$ 6,00 valor baixo que produzisse atração para a iniciativa privada entrar nesta aventura que, certamente, só compensaria no final da década de setenta quando o preço do óleo ultrapassou a U$ 20,00, o sucesso alcançado após a lei 9.478/97 com a quebra do monopólio de exploração da Petrobras não seria o mesmo no início dos anos setenta. O sucesso atual ocorreu porque o Geisel, que endividou a Petrobras, como ele falou, jogou a empresa para o mar em busca do produto, foi uma aventura que deu certo.

Enquanto a nação brasileira viver desse artifício de uma justificativa que caiba na cabeça miúda da maioria dos brasileiros for o ponto final, não vamos a lugar nenhum, o país carece de discussão sobre a razão do país quebrar no regime militar, deveria ser discutido porque por falta desta ação o país vive repetindo erros e os milhões de “excluídos” não mudaram a sua condição.


Eu diria que os militares não fizeram boa condução da política econômica porque combateram o comunismo, mas não combateram a ideologia e as reformas de Costa e Silva foram baseadas em propostas econômicas socialistas onde o Estado era o maior empresário, chegamos a ter mais 50% da economia na gestão do governo. Portanto, acredito que, o erro foi na construção dos pilares econômicos com modelo estatizante, faltou a ideia liberalista de Pinochet do Chile, e essa comparação é considerada atrevida, porque no consenso dos “intelectuais” brasileiros, Pinochet foi totalmente errado, criminoso, e etc, o politicamente correto é Fidel Castro que matou muito mais que o general chileno e de troco levou o povo para opressão. Se nós somos o produto dos nossos raciocínios, então, nossos resultados sempre serão medíocres. 

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