terça-feira, 3 de abril de 2012

SALVAÇÃO ADIADA


O capitalismo é um sistema  econômico  que tem sobrevivido à desafios ocorridos ao longo dos tempos e frustrando os defensores do socialismo. Então, surgiu a democracia social absorvido pelo PSDB e atualmente pelos petistas que falam em socialismo democrático. O que seria isso? A pretensão é aceitar o capitalismo e posteriormente reforma-lo paulatinamente, sem conflito, em direção de um socialismo. Nesta ficção,  viajam muitos petistas.
Dosar o socialismo com a democracia é o discurso de muitos políticos. A constituição de 88, embora capitalista, teve uma forte dosagem socialista criando direitos que onerou demasiadamente o Estado, numa tentativa de humanizar o capitalismo.   Nada contra. Acontece que o nosso país não é uma ilha. Está inserido num mundo globalizado que tem de competir com vários países. Na China uma mulher tem uma criança, na segunda gestação, lhe é cobrada uma multa, aqui lhe é oferecido dinheiro. Com este cenário o “Avança Brasil” gritado pelo Ulisses Guimarães, na promulgação da constituição, pode ser traduzido como “emperra Brasil”, pois  a consequência foi a formação de um Estado pesado com dificuldade de mobilidade que nem um elefante.  O crescimento econômico dos últimos anos foi resultado de varias reformas constitucionais no final do século passado. Outras reformas teriam de ser feitas para o país continuar melhorando na sua relação comercial com outros países. No entanto desde 2003 ações neste sentido foram paralisadas, levando o país ocupar, atualmente, o 126º lugar em competitividade, e o 50º em ambiente para negócios.
  
É a ausencia das famosas medidas estruturais que repetidamente já falei neste blog. A presidente Dilma tem esse desafio, cuja execução permitirá o país continuar crescendo com maior velocidade em direção ao Desenvolvimento Econômico, caso contrário, permaneceremos no processo de consolidação da miséria e pobreza de grande parte da população.
Embora necessárias, são medidas desgastante para qualquer governante. Para um governo que tem como objetivo principal a popularidade é praticamente impossível, portanto, permanecemos na rasteira entre os emergentes, adiando oportunidades,  qualquer desculpa bem formulada tem surtido efeito. A queda do PIB de 2011, (2,7%), é culpa  da crise europeia. E como explicar o crescimento da Alemanha que está no centro da crise e cresceu 3%?
A exemplo de Margaret Thatcher, primeira ministra britânica de 1979/ 1990, considerada dama de ferro, assim sempre será lembrada em decorrência das medidas estruturais executada no seu governo, como privatizações, e etc., pois, resultaram o fortalecimento da economia inglesa que se reflete até os dias atuais.
Dilma ensaia para a plateia, com declinações de boas intenções, e com providências que salve o seu governo como as anunciadas hoje.
Dizer que as medidas são contra a crise europeia, não é só isso, mas, principalmente pela falta de competitividade que avança no país motivado pela má definição de prioridades dos gastos público no governo Lula que não permitiu privilegiar aplicação em investimentos.

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