Agora é o clamor das classes patronais e operários protestando em frente Assembléia Legislativa de São Paulo pelo fechamento comercial do país e diminuição de juros e tributos para solucionar as ameaças da desindustrialização no Brasil.
Abertura de mercado, que proporcionou a modernização e auxiliou no controle de preços no Brasil, já não serve mais. Virou uma arma contra nós porque a condução da economia foi realizada como se tudo já estivesse consolidado em termo de crescimento econômico, o otimismo exacerbado tomara lugar das atitudes que deveria ser executada pela equipe econômica ao longo dos últimos 10 anos.
A incoerência produzida pela inocência de uma população que não se importa com a qualidade dos gastos do governo e agora pede tributos menores. Vamos aprender a ser proativo porque depois do leite derramado fica difícil. No debate da eleição de 2006, Lula esnobou quando o seu adversário o acusou de ter criado ministérios demais principalmente para acomodar aliados. Lula respondeu com muita segurança que havia criado e criaria mais. A consequência foi à elevação da folha de pagamento de R$ 79,00 bilhões para R$179,00 bilhões. Lula promoveu o afrouxamento fiscal e a população aplaudiu.
Agora vamos escolher ou menores tributos e ampliação da dívida que já ultrapassa a R$ 2,00 trilhões, onde vamos terminar? Estamos assistindo nos países desenvolvidos, ou fechamento de mercado com perda de qualidade e facilitação inflacionária que servirá de sobrevida aos problemas atuais da economia. Não esqueçamos de que, em transações comerciais, toda ação requer uma reação com mesma intensidade.
Neste governo, o pouco que faz manifesta através de marketing como ações inéditas. “Nunca na historia deste paiz”. Sem parâmetros e massacrada com publicidades diárias a população toma como verdade.
Vamos falar de casas populares. A China constrói doze milhões de unidades anuais, proporcionalmente o Brasil deveria construir dois milhões de unidades em um ano. No programa de governo de Dilma há uma promessa de construir dois milhões de unidades em quatro anos. Duvido que execute a metade, mas o marketing se incumbirá de mostrar que foi feito muito.
Não me impressiona a alta popularidade da presidente, porque no mesmo momento que a população lhe confere taxas elevadas, conforme Ibope, de 56% para a gestão e 77% de aprovação pessoal da presidente, 63% desaprovam a saúde, 65% desaprovam o peso tributário, 56% desaprovam a segurança. A população tem consciência de que nada está bem. Mas o trabalho de marketing funciona, conduzindo inconscientemente o eleitorado nesta direção, porque popularidade é o sucesso deles.
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