domingo, 18 de dezembro de 2011

GANGORRA


Com a divulgação do crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2011, zero, resta ao governo continuar em ações de marketing para driblar a pouca visibilidade da população com promessa do retorno bem mais vigoroso do PIB no próximo ano. Falam em crescimento de 5% para 2012. Tanto o ministro Guido Mantega como a própria presidente Dilma Rousseff. Assim acreditam porque a desaceleração foi causada pelo próprio governo.

Não é bem assim. Na economia não prevalece só a matemática exata. Subtraindo 4 pontos de 7 ficam 3, voltando a acrescentar 4 pontos retornamos para 7.

Acontece que o governo foi obrigado a desacelerar a economia porque a inflação estava avançando.

O astronômico crescimento de 2010, (assim propaga o governo) 7,5% provocara a inflação. É uma taxa de crescimento necessário para se alcançar o Desenvolvimento Econômico. Porém, medido sobre um crescimento anterior (2009) de -0,6%, não se torna tão fantástico assim.

Devemos recordar que o governo só procedeu a desaceleração em decorrência da inflação, porque faltaram procedimentos no governo Lula de racionalidades de gastos e reformas. O interesse era manter alta popularidade, que necessariamente fugiam de ações dessa natureza. Viver em palanques destorcendo ações corretas do governo anterior era o prazer do carismático Lula. As ações necessários ficaram esquecidas e adiadas, dessa forma permanece. Vejamos um trecho da revista Veja de 14.12.2011.

“Segundo números compilados pelo diretor do órgão Contas Abertas, Gil Castello Branco, as despesas com a máquina governamental e com funcionalismo foram ampliadas em 83 bilhões de reais nos onzes primeiros meses deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Já os investimentos do governo federal e das empresas estatais, essenciais para o aumento da produtividade na economia, tiveram decréscimo de 17 bilhões de reais”.

Pelo exposto se verifica que o governo Dilma é o continuísmo do anterior na essência. Sem priorizar investimentos em infra estrutura o país não poderá crescer sem o surgimento da inflação.

Como acreditar que o Brasil crescerá no próximo ano de forma sustentável? Escancarando mais o crédito? Que apresenta taxas crescente de inadimplência. Certamente o governo, novamente, terá de pisar no freio do crescimento econômico para evitar maior descontrole do dragão inflacionário.

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