Finalmente o governo foi cauteloso em anunciar a chegada do Brasil como a sexta economia mundial passando do Reino Unido. Os governantes conhecem as nossas fragilidades e da extrema dificuldade que eles possuem em corrigi-las. Isso acontece por falta de uma agenda, porque o objetivo principal é a perpetuação no poder e para isso basta às transparências baseadas nas versões que o trabalho de marketing produz, e está dando certo.
As medidas para combater as nossas fragilidades são muitas delas impopulares, são medidas politicamente incorretas, portanto adiadas. Somos um país de potencialidades adiadas.
Sabe-se que, quem está dando certo é a China, nos vivemos da sorte de possuir o que eles necessitam para o seu desenvolvimento, principalmente minério de ferro de boa qualidade.
Nos últimos anos o PIB brasileiro tem crescido não só pelo aumento da produção, mas também por outros fatores, como:
Desvalorização do dólar;
Valorização das commodities;
Alterações na forma de medir o PIB ocorridas em 2003 e 2006.
Como o câmbio influência no valor do PIB?
A Produção Interna Bruta é medida em Real, dividida pelo dólar temos o seu resultado.
Como em 2002 houve uma grande evasão de dólares em decorrência das incertezas com o governo iminente do PT que criticava a política econômica vigente, e ameaçava mudanças extravagantes conforme documento publicado, A RUPTURA NECESSÁRIA (dezembro de 2001), o dólar chegou ao valor de R$ 3,55 em dezembro de 2002. Atualmente com o dólar de R$ 1,86 faz o nosso PIB crescer bastante.
A nossa crítica a esse governo possui três vertentes principais: A primeira com relação a racionalidade dos gastos, a segunda pela forma de distribuição de renda que prioriza, a terceira por falta de ações tonificantes para economia (reformas).
No início do seu governo Dilma pensou em ampliar o número de ministérios, agora fala em enxugar reduzindo a quantidade. Muito bem, é um acerto que só está fazendo porque no primeiro ano de seu governo ela viu crescer extraordinariamente os gastos com custeio. Melhor gestora que seu antecessor ela sabe que caminhamos em direção à Grécia, caso não seja recuperado o ajuste fiscal abandonado pelo Lula. Mudou não por uma agenda de contenção, mas pelas circunstancias.
O bolo formado continua crescendo, quanto ao acesso, em um país capitalista como o nosso, deve acontecer pela educação. Essa é a forma mais sadia de distribuição de renda, pois proporciona maiores fatias do bolo, e ainda serve de estímulos para a busca do conhecimento. Nesse ponto o governo se move numa lentidão astronômica, se perde não só nos recursos financeiros como na gestão. O Ministério da Educação não consegue executar um teste do ENEM sem problemas. O ENEM é muito importante no processo, mede a qualidade das escolas, identifica pontos fracos passiveis de correções, etc. Isso acontece porque o governo não quer contrariar os sindicatos de professores que lutam pelo corporativismo. Os avanços na Educação nos nove anos petista, ficou aquém dos oito anos de austeridade fiscal. Mesmo assim o ministro deverá ser promovido a prefeito de São Paulo. Não interessa a competência prevalece a camaradagem.
Sem a evolução educacional o país continuará na necessidade de manter o bolsa família, como meio de distribuição de renda, existe o perigo da acomodação e para os governantes fica a gostosa imagem de bonzinhos, cooptando os votos de milhões de eleitores, desestimulando o próprio governo em ter presa por mudanças.
Os valores financeiros convencionados no Brasil, que retira um cidadão da linha da miséria, no Reino Unido, permaneceria no mesmo lugar, não moveria. Portanto, continuaremos, em termos de bem estar, muito distante dos países que estamos superando em volume de produção de riqueza, mera ilusão.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
SEXTA ECONOMIA
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
BELA FAXINEIRA
Era uma vez, naquele tempo, uma moça morena, muito bonita, possuía um belo corpo e altura proporcional. Tudo nela era muito bem, no entanto ela detestava seus cabelos crespos bem enroladinho e sonhava com eles liso, até que começou a surgir produtos que tornavam os cabelos lisos, ela correu a um salão de beleza e solicitou um alisamento que prontamente foi atendida. Balançando seu cabelos, a moça saiu de lá muito contente e julgava que finalmente estaria tudo resolvido e que daí por diante os fios de cabelos nasceriam lisos e belos. Para sua surpresa os cabelos nasceram como antes, encaracolados, decepcionada ela ficou triste mas alguém lhe informou que era em decorrência da genética.
Esse fenômeno genético vale para todas nossas reações, inclusive para nosso caráter. Mas parece que a presidenta não leva isso em consideração.
Em 2006 houve uma tentativa de comprar por um valor milionário um dossiê montado para desmoralizar o então candidato José Serra a prefeitura de São Paulo e beneficiar o candidato Mercadante. Não se pode acusar que foi o ele o autor, porque nada foi investigado, não interessava às elites políticas dominantes. Mas se pode afirmar que o dinheiro 1,7 milhões de reais foi encontrado numa mala em poder do braço direito de Mercadante, o Hamilton Lacerda. Não seria prudente por parte de Dilma Rousseff, que tanto detesta o “mal feito” nomeá-lo ministro após os devidos esclarecimentos?
Ainda pensa em promoção, para ele, com o Ministério da Educação. Boa Educação!
Talvez a presidente acredita que os indesejáveis fenômenos genéticos só se manifestam fora do seu governo, por isso tenha nomeado tantos ministros que teve de demitir em seguida, devido às denuncias de corrupção e, frente à opinião pública, se passar por faxineira
.
Por essa razão, ela tanto defende o comportamento de Pimentel, cuja acusações ocorreram fora de seu governo. São lições que se aprende de acordo com a conveniência, esse, parece ser o comportamento da ex-guerrilheira.
domingo, 18 de dezembro de 2011
GANGORRA
Com a divulgação do crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2011, zero, resta ao governo continuar em ações de marketing para driblar a pouca visibilidade da população com promessa do retorno bem mais vigoroso do PIB no próximo ano. Falam em crescimento de 5% para 2012. Tanto o ministro Guido Mantega como a própria presidente Dilma Rousseff. Assim acreditam porque a desaceleração foi causada pelo próprio governo.
Não é bem assim. Na economia não prevalece só a matemática exata. Subtraindo 4 pontos de 7 ficam 3, voltando a acrescentar 4 pontos retornamos para 7.
Acontece que o governo foi obrigado a desacelerar a economia porque a inflação estava avançando.
O astronômico crescimento de 2010, (assim propaga o governo) 7,5% provocara a inflação. É uma taxa de crescimento necessário para se alcançar o Desenvolvimento Econômico. Porém, medido sobre um crescimento anterior (2009) de -0,6%, não se torna tão fantástico assim.
Devemos recordar que o governo só procedeu a desaceleração em decorrência da inflação, porque faltaram procedimentos no governo Lula de racionalidades de gastos e reformas. O interesse era manter alta popularidade, que necessariamente fugiam de ações dessa natureza. Viver em palanques destorcendo ações corretas do governo anterior era o prazer do carismático Lula. As ações necessários ficaram esquecidas e adiadas, dessa forma permanece. Vejamos um trecho da revista Veja de 14.12.2011.
“Segundo números compilados pelo diretor do órgão Contas Abertas, Gil Castello Branco, as despesas com a máquina governamental e com funcionalismo foram ampliadas em 83 bilhões de reais nos onzes primeiros meses deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Já os investimentos do governo federal e das empresas estatais, essenciais para o aumento da produtividade na economia, tiveram decréscimo de 17 bilhões de reais”.
Pelo exposto se verifica que o governo Dilma é o continuísmo do anterior na essência. Sem priorizar investimentos em infra estrutura o país não poderá crescer sem o surgimento da inflação.
Como acreditar que o Brasil crescerá no próximo ano de forma sustentável? Escancarando mais o crédito? Que apresenta taxas crescente de inadimplência. Certamente o governo, novamente, terá de pisar no freio do crescimento econômico para evitar maior descontrole do dragão inflacionário.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
GESTÃO
A Executiva Nacional do PT chegou a um consenso e redigiu uma “resolução” num verdadeiro delírio, conversa fiada de sempre, na tentativa de manipular o raciocínio da população em decorrência do pouco esclarecimento que leva a maioria dos eleitores no julgamento das definições do que é uma gestão eficiente. Vejamos alguns trechos.
"O mundo está imerso em uma crise profunda, de longa duração e de conseqüências imprevisíveis. Trata-se de uma crise do capitalismo neoliberal, acentuada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos”
Só para informar aos escribas da Executiva do PT, não se pode escrever o que se quer tentando construir uma verdade. A crise de 2008 foi uma crise no Capitalismo. A crise atual é uma crise de Estado cuja deterioração financeira contamina o Capitalismo.
“Frente a esta crise, os governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão insistem em soluções neoliberais e acentuam um comportamento imperialista, que visa ter controle sobre regiões produtoras de matérias-primas”.
Ao atacar o neoliberalismo, a preocupação não é defender uma solução e sim defender um discurso ultrapassado.
“Ao reconhecer que “é mais fácil falar do futuro do Euro do que o do PSDB”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a profunda crise programática do neoliberalismo brasileiro. Descreveu a nau sem rumo em que se converteu o principal partido da oposição conservadora do país. Se o Brasil ainda estivesse sob o jugo dos tucanos estaria arremetido no turbilhão da crise internacional, com milhões de desempregados e se veria face a novas privatizações e ameaças à soberania nacional”.
Fernando Henrique Cardoso falou assim sobre o PSDB, porque é uma pessoa espontânea. Se o país ainda se encontra em pé é graças às privatizações, austeridade fiscal, e reformas ocorridas no passado, que o PT paralisou e por isso estamos caindo rapidamente na crise. Veja o crescimento do terceiro trimestre ZERO, inferior aos países em crise.
A preocupação de documentos com esse, não é só conteúdo propriamente escrito, mas o efeito anti educativo. É a asneira que felizmente é pouco lida. É o caráter do soberbo, do incapaz que quer se exaltar a sua inabilidade.
Deixo aqui um aviso aos navegantes. O Lula é um excelente articulador político para quem não se importa com os meios, mas como gestor ele é mais pesadão que um elefante, é na verdade uma múmia. Agora estão se esgotando os efeitos das ações dos governos anteriores que proporcionaram uma melhoria na economia. Dilma também é pesada, um pouco menos, se move um pouco mais. No entanto se movimenta pela circunstância, não governa, é um tapa buraco.
O governo acredita alavancar a economia brasileira através de estímulos de demanda. O país não tem, como maior problema, falta de demanda, e sim de competitividade. Estimular o consumo é estimular as importações. Faltou sequência em termo de ações de gestão, o que faz desse governo inábil para atacar esse grande problema.
domingo, 11 de dezembro de 2011
PEC 29
Seria uma garantia da permanência de investimentos na saúde em torno de 10% da arrecadação de impostos, pelo governo federal, como acontecia antes do governo petista. Seria o desejo dos petistas quando eram opositores. A essência ficou no seria com a aprovação da PEC 29 pelo senado na semana passada. A ameaça de aprovação desta PEC foi o terror da Presidente durante a movimentação do Congresso neste ano. Não deveria ser. Porém tudo ficou com o governo queria porque retiraram na última hora a obrigatoriedade da União gastar 10% dos impostos na saúde. No entanto, permaneceu a obrigatoriedade para os Estados de 12% e Prefeituras de 15%.
Mais uma vez a pratica desassocia do discurso.
O problema é a falta de recursos.
Assim diz o governo.
Eu digo que é falta de definição de prioridades.
Gastar bem ou promover gestão eficiente na saúde não gera voto como distribuição de dinheiro. Faltam recursos sim, porque bilhões são gastos
em ONGs para a corrupção. O Governo não se atreve a promover um arejamento no Programa Bolsa Família, prefere fazer Medida Provisória garantindo aos beneficiários deste Programa que se formalizam no Empreendedor Individual garantindo à continuidade de beneficiário. Indenizações extra-judiciais de ex-guerrilheiros e seus familiares, e aqueles considerados perseguidos do Regime Militar. Pagamento de salários em valor superior a quem trabalha para familiares de criminosos condenados. Excesso de ministérios etc. Assim a pesada carga tributária se torna insuficiente e a solução para o governo é aumentar impostos.
Enquanto Dilma expressa desejo contrário na mídia, nos bastidores articula-se a criação de um novo imposto para aprovação em 2012.>
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
REPRISE
Fui otimista com relação ao resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano e falei neste blog uma taxa de 0,3%. Finalmente saiu hoje o resultado oficial 0%, zero.
Para dar essa informação a mídia procura justificar os resultados. No Bom Dia Brasil o Chico pergunta para Mirian Leitão.
Isso é bom ou é ruim?
Gaguejou um pouco mais respondeu culpando a crise externa pelo resultado ruim.
No mundo globalizado é impossível o país não ser afetado por uma crise como se desenha nos países ricos. Mas não era para tanto. A China também sentiu e, deve cair o crescimento de 10% para 9 ou 8,5%. Continua com excelente crescimento, a Índia deve cair de 8% para 7%. O Brasil de 7,5% para 3%, ou menos. É um tombo. Porque, é o melhor preparado para enfrentar a crise. Assim ela diz. O agravante está na velocidade, enorme, tanto que crescemos menos que os EUA 0,5% no terceiro trimestre, como crescer menos que um país em crise?
A falta de uma agenda, o baixo nível de investimento em infra-estrutura e afrouxamento fiscal feito pelo presidente anterior, o Lula, a consequência estamos assistindo o país não pode crescer. Se crescer a inflação avança, tanto que foi o próprio governo que começou esse desaquecimento. A inflação baixou mas, não atingiu o centro da meta. Então, volta-se a estimular o consumo para recuperar o crescimento do PIB, novamente a inflação vai retornar. Essa gangorra na economia é muito perigosa, porque a solução mais imediata do governo é procurar conviver com a situação, tentar mascarar os verdadeiros índices inflacionários, com alterações na forma da medição, etc. Por exemplo, no próximo ano, o aumento do salário mínimo que será de 14%, e, inflação imobiliária em torno de 12% terão peso menor no IPCA doque atualmente.
A agenda desse governo é distribuir simpatia e angariar popularidade. Este filme é uma reprise.