O professor Emmanuel de Jesus Saraiva, durante 6 anos esteve, em missão, em Moçambique, na África, ex colônia de Portugal e o resultado foi um livro: História e Cultura Africanas oportunidade que descreve sobre a história e a vida de Moçambique.
Em 1975, os moçambicanos expulsaram os portugueses para se tornar um país independente comunista, com a promessa da Rússia de que, dessa forma, alcançariam a justiça social com a implantação de um novo sistema orientado por uma economia planificada. Depois de alguns anos de destruição de uma economia incipiente que estava sendo montada pelo portugueses os moçambicanos se viram mergulhados na fome e no abandono dos russos de uma forma tão cruel que sentiram falta dos colonizadores, resultando numa guerra civil que demorou 17 anos. Todos esses anos de atrocidades, que terminou com assinatura de paz porque os dois lados estavam falidos, sem condições nem de alimentar seus exércitos. E a responsabilidade da Rússia, onde ficou? No silêncio, na omissão e na inconsequência. O resultado pode ser visto em países como, Coréia do Norte, Cuba etc. O mais grave não foi a desconstrução econômica desses países, mas a cultura ideológica deixada que dificultará a reconstrução.
São inúmeras histórias de truculências fortuitas que nos leva a indignação. Teve sorte a Alemanha Oriental que enquanto tocava sua experiência comunista, a Alemanha Ocidental trabalhava, enriquecendo ao ponto de assumir a irmã falida. Os chineses se depararam com fome extrema, e como solução abraçaram um capitalismo selvagem, autoritário e escravizante, que tanto demonizaram. Só promulgaram uma legislação trabalhista a partir de 2009 por pressão da OMC.
O Brasil teve sorte ou azar de não ter submergido neste mundo? Como estaríamos se os militares tivessem deixado João Goulart conduzir o país à sua ideologia?
Em Moçambique morreram 3 milhões de pessoas nas formas mais cruéis possíveis. Estrangulados, mulheres de seios cortados para morreram a míngua, pessoas jogadas em poços profundos para morrerem lentamente etc.
Moçambique possui um PIB de 17 bilhões de dólares e uma população em torno de 20 milhões de habitantes, portanto um per capita de menos de mil dólares. A nossa economia como estaria hoje?
Conta o professor Saraiva que quando chegou na escola em Moçambique encontrou para alimentar 32 alunos um pequeno peixe e um punhado de farinha de milho. Cozinharam o peixe com bastante água e tempero, jogavam o caldo quente em cima da farinha e assim se alimentavam.
Então, o novo diretor da escola teve uma idéia lógica, incentivar os alunos a plantar e pescar. Como a escola tinha um bom terreno poderia ser utilizado para plantio. Mas a reação contrária foi imediata. Disseram: “passamos 500 anos sendo escravizados pelos portugueses, agora não seremos escravizados por um brasileiro”. Dessa forma o diretor Saraiva levou um bom tempo para convencê-los. A mentalidade herdada, talvez tenha sido o pior do pós comunismo que dificulta a reconstrução do país que tenta o retorno democrático. A idéia de que alguém deve produzir para dividir. Que a propriedade não deve ser respeitada, o capitalista não pode acumular, as posses são de todos, portanto, deve ser dividido, dificulta a iniciativa privada e a reconstrução.
O Brasil escapou dessa aventura trágica. No entanto existem intelectuais que ainda não se convenceram da tragédia e, politicamente, fazem apologia ao sistema. Apostam na falta de esclarecimento da população. Como o mundo dá voltas, é importante permanecer sempre consciente dessa perversa experiência vivida por outros países.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
INVERSÕES DE VALORES
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O JUDICIÁRIO DO BRASIL
Parabéns para a ministra Eliana Calmon, do Supremo Tribunal de Justiça, ao afirmar que há bandidos escondidos atrás de togas.
Essa declaração é preocupante, pois não é gratuita. Trata-se de uma pessoa conhecedora da poderosa e necessária engrenagem que constitui o Judiciário, umas das instituições fundamentais para garantir a Democracia. Ela assinou, em 2006, ordens de prisão dos investigados da operação Dominó em Rondônia que envolvia o desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia Sebastião Teixeira Chaves, juiz de Direito José Jorge Ribeiro da Luz.
Comportamentos dessa natureza praticada por uma minoria é o suficiente para exalar, numa instituição tão importante, o odor da inconfiabilidade, portanto o combate dessas práticas sempre deve merecer a atenção e apoio da sociedade.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
VERSÕES
Competitividade, essa é uma palavra bastante citada neste blog, tanto que uma twiteira cumprimentou-me: olá competitividade. Infelizmente as pessoas não se deram conta do tsunami na economia que a falta dela pode causar. Acontece de uma forma mais lenta causando pequenas erosões, mas que produz desabamentos consideráveis.
No processo administrativo do Brasil a partir do governo Collor de Melo, excluindo o desastroso Plano Collor, “foi iniciada uma das partes mais importantes da agenda de modernização do Brasil. Abertura comercial, a negociação da dívida externa e a privatização, foram passos essenciais para estabilização” Miriam Leitão. Os governos seguintes promoveram a estabilidade consolidado no segundo mandato de FHC. No governo posterior, o prosseguimento seria a continuidade na sempre busca da melhoria na competitividade, para tanto, deveria continuar na desoneração do Estado para uma eficiente reforma tributária. Aconteceu o inverso. O Estado foi onerado, agigantado, mais ainda, com apoio do eleitorado. A falta de esclarecimento é uma arma apontada para nossas cabeças.
Os entraves burocráticos são lentamente contornados permanecendo quase inalterados, as vezes julgados desnecessários porque para ser um bom presidente basta uma boa popularidade e para se alcançar isso, um bom marqueteiro e herança de uma situação fiscal confortável, transparece os resultados gerado na economia de ações de quem está no lugar certo no momento certo. Assim valem as versões e não os fatos. Fizeram traduções ao sabor da esperteza e ações relevantes e necessárias, para a estabilidade, foram criticadas, condenadas, porque assim era a lógica da população.
Outro componente que deixou o país fora da competitividade foi à aplicação dos recursos financeiros, nos últimos anos, sem priorizar infra-estrutura. Hoje temos uma logística onerosa.
E agora? Quando Dilma percebe um barranco enorme desmoronar, toma medidas esdrúxulas, para estancar o crescimento da economia, e ainda festejam, o Tombini (presidente do Banco Central) respira aliviado com sinais de desaquecimento. A mídia joga para a população como se fosse “o sucesso”. “A economia apresenta sinais de desaquecimento” ouve-se na globo news em tons de vitoria. É a inflação que ameaça retornar e jogar no esgoto todo o sacrifício vivido nos últimos anos do século passado, e conseqüentemente devolver para faixa de pobreza os milhões de brasileiros que a estabilidade monetária retirou de lá, que a presidenta no jogo da sabedoria diz: “Nós tiramos 40 milhões de brasileiros...”.
Ainda sem conseguir estancar o primeiro vazamento, surge o segundo estrago, que a falta de competitividade, silenciosamente, produziu o início de uma desindustrialização. A crescente invasão de produtos industrializado leva o governo a criar uma Lei diferenciada do IPI, mesmo sabendo que pode ser questionada na OMC, ou quem sabe isso se resumirá num presente para Argentina e México. Mas o otimismo que o governo passa para a população é muito intenso, talvez seja estratégico para sua popularidade.
Não é o fim do mundo. Tem solução. O partido que está no poder tem muita flexibilidade. Na verdade eles não estão mudando o Brasil como apregoam. É o Brasil que está mudando eles. Foram preparados para governar com outros valores, só quando chegaram ao poder começaram a mudar, perceberam que seus discursos eram ultrapassados e suicidas.
Criticaram o Neoliberalismo e estão aceitando muito lentamente este processo. Postergaram privatizações e só fazem mediantes as exigências das circunstâncias. È uma administração temerária, se continuar assim, seremos devorados pelo tsunami.
A administração petista nada tem a criticar a administração passada, pelo contrário, o que ameniza a nossa situação, além da estabilidade e dos fundamentos econômicos, foi o incentivo de investimento privados em setores estratégicos deste país que só pertenciam ao poder público, como em energia, estradas, portos etc. produzida no governo anterior. Essa parceria pública privada demorou a fluir com velocidade neste governo, e ainda não possui uma velocidade desejada.
Não custa repetir, um exemplo é o Trem Bala que se for viável, certamente um grupo privado poderá fazê-lo.
Para concluir, a sociedade tem que observar a qualidade de gastos excessivos do governo, contra pacotes de bondades que normalmente se transformam em pacotes de maldades, pois se continuarmos errando para depois tentar acertar, a conta virá para nós e, vai ser mais fácil os Estados Unidos sair da crise do que agente permanecer fora dela.
Obs 1: Falei que a estabilidade monetária consolidou-se no segundo governo de FHC. No entanto, muita gente diz: “Foi o Itamar quem lançou o Plano Real”. Verdade, mas lançar um Plano Econômico pouco significa. Os méritos estão nas medidas tomadas para o plano fluir vitoriosamente e não se quebrar, como aconteceu nos planos anteriores. Austeridade fiscal feita pelo FHC, foi essencial, desgastou-o politicamente, mas fomos salvos.
Obs 2: Sou repetitivo nesta parte de nossa historia porque enquanto pelo menos 51% do eleitorado não entender esse processo seremos presas fáceis de políticos espertos e ineficientes. Viveremos sempre sob ameaças de retrocesso.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
BRAVATA
Nem sempre tudo sai como se planeja, no pacote de assuntos previsto para a presidenta Dilma Rousseff derramar na plenária de Assembléia Geral da ONU nesta quarta-feira dia 21 de setembro, existem dois assuntos que terminaram ofuscados. A primeira sobre o otimismo do crescimento econômico brasileiro, que de praxe, procurando transparecer que acontece com esforços do seu governo. O FMI soltou uma nota no dia anterior sobre o rebaixamento da previsão do crescimento da economia brasileira que deverá ficar abaixo da média mundial.
Vamos dividir do mundo em 3 blocos. Os ricos que estão com problema de endividamento, e conseqüentemente com dificuldades de crescimento. Os emergentes aqueles que se organizaram e estão em flanco crescimento, e os inertes aqueles que continuam resistindo às leis do capitalismo e permanecem com crescimento insignificante ou mesmo recessão.
Comparando ao bloco onde situa o Brasil nada temos a comemorar. No entanto, o governo prefere continuar a utilizar os parâmetros do primeiro grupo e assim arrotar importância porque cresce mais que os países ricos.
A segunda foi alei de acesso a informação que o Congresso não aprovou a tempo da Dilma falar sobre o Portal da Transparência no Brasil. Pelo visto terá problemas de passar no senado, pois os amigos do momento Collor e Sarney defendem o sigilo eterno. A sociedade deveria protestar.
O Estado Palestino é uma unanimidade, o problema é definir os limites. É uma situação difícil de solucionar, para os Palestinos só tem uma saída a retirada de Israel. Como reconhecer um Estado sem área territorial definida. A presença judaica na Palestina remonta ao segundo milênio antes de Cristo.
sábado, 17 de setembro de 2011
GOVERNO PARALELO
Irritado com as vaias no ABC paulista, dia 16 em Santo André, o ex-presidente Lula falou gritando: “Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor”. Fazer campanha antecipada, para ele, é muita responsabilidade, pois no momento estava acompanhado de Fernando Haddad seu candidato pessoal a prefeitura de São Paulo.
Em discurso Lula continuou: “Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou”. Será que é por causa do PROUNI? Sancionado em 2004, que ainda hoje é considerada a maior façanha que, o governo petista, tem como avanço na educação, embora tenham sido contra o incentivo às Universidades privadas, quando eram oposição, sem Universidade privada haveria PROUNI? O ENEM criado em 1998 promete uma evolução na melhoria do ensino médio nas escolas privadas.
“Se esses jovens tivessem feito a reivindicação no meu governo, possivelmente teriam sido atendidos e não estariam aqui com essas faixas”. Será que está querendo provar que é melhor que a sucessora? ou está querendo dizer que a afilhada é incompetente por não conseguir ampliar os recursos para educação. Esqueceu que deixou o país a beira da inflação e que a austeridade fiscal que Dilma ensaia fazer é uma tentativa de eliminar o herdado desequilíbrio fiscal, um dos componentes inflacionário.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
GESTÃO
A disputa gerada por uma posição melhor no ranking, é, certamente, edificante para o ensino brasileiro, e demonstra que não é só falta de recursos o problema da nossa educação, saúde etc. Um grande problema é a gestão, basta observar que o Piauí, com o segundo lugar no ranking, um Estado pobre que se destaca apresentando 3 escolas com pontuação acima de 700 na média total, sendo superado somente pelos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, O que faz o Piauí se destacar? Certamente não são recursos financeiros. É a determinação que leva a uma gestão eficiente. Seria o momento, do governo, perceber que a premiação dos professores das escolas públicas com melhores pontuações poderia servir de estimulo a melhores resultados, sem prejuízo de outros componentes como salário, carreira e informação.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
DIRETAS
Tem momento que o mercado parece uma criança, ficar surpreso porque Dilma interferiu no Banco Central para diminuir juros, era esperado, afinal quando ela não aceitou Meireles para o Banco Central e preferiu um funcionário de carreira estava explicito as intenções.
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Enquanto no Chile os estudantes fazem protestos para melhorar uma educação que já é superior a nossa, aqui no Brasil os estudantes promovem quebra-quebra porque a passagem de ônibus passou de R$ 1,90 para R$ 2,10, comprova que a pequenez da nossa educação é perigosa.
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A preocupação do governo é justificar a lentidão da nossa economia e apresentar o culpado ou os culpados. A China, a Índia, Chile não tem esse problema. Somos piores?
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Quando Dilma fala: Se ganhar as eleições me empenharei pela PEC 29, ela quis dizer: se ganhar as eleições não me empenharei pela PEC 29.
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Quando acontece algum problema na economia , a bolsa cai, ou índice de crescimento diminui, a imprensa se apressa em justiçar que o Brasil pega carona com os Estados Unidos ou com países da Europa. Por quê o Brasil não pega carona só com a China e Índia?
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Taxa de crescimento de 4% para países desenvolvidos é ótimo ou mesmo perigoso, para países emergentes é razoável ou ruím. Portanto não se pode comparar o crecimento do Brasil com EUA ou países europeus.