terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
AJUSTE FORTUITO
Uma emissora de canal aberto em horário nobre, noticia o valor da dívida interna do Brasil em torno de 1,6 trilhões de reais, logo a seguir vem a explicação: “Mas essa dívida pública caiu porque corresponde somente 45% do PIB e os países ricos também...”
A pressa de amenizar com alegações oportunas que não resolvem. Assim levam o eleitorado no bico. Justificam que se trata de uma onda inflacionária mundial, no entanto a China tem uma inflação inferior a nossa, quando deveria ser ao contrario porque eles tem dependência de matéria prima(minério de ferro e petróleo)e alimentação. Exceto o trigo não temos essas dependências.
Lula passou 8 anos colhendo os frutos de uma arvore que não plantou e que não soube regar, e ainda chamava de herança maldita. A falta de ação, e os gastos excessivos produziram a verdadeira herança maldita que caiu no colo da Dilma. A conseqüência chegou em forma de turbulência na economia gerando um custo, que não será cobrada ao responsável e, sim a toda sociedade sacrificando prioritariamente os menos favorecidos.
É verdade que quando o Lula assumiu em 2003 recebeu o país com escalada inflacionária semelhante. Não aconteceu porque o governo, na época, estava com desorganizações nas contas públicas, ou pela má condução da política econômica. Mas pela maldade que o PT exercia em apavorar o mercado com documentos, criticas e promessas de palanque contra a política econômica . Um país com histórico de calote nas contas correntes e aplicações bancarias exercido na posse de um presidente de direita, houve um temor de acontecer novamente com a ascendência de um presidente de esquerda que aterrorizava o mercado. A reação foi por todo ano de 2002 retiradas de altíssimas somas e remessas para o exterior causando desvalorização no Real. Quando Lula assumiu e sinalizou ao mercado que ia permanecer com a política econômica do governo anterior, o retorno dos dólares levou o país à normalidade. Desta vez é diferente, não vai bastar Dilma falar ao mercado que vai continuar a política do anterior, pelo contrario, esperam dela uma postura diferente.
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