quinta-feira, 18 de abril de 2013

SE DEUS QUISER...


 
Alguns petistas me acusam de torcer contra o governo do PT, e contra a presidente. Não se trata de torcer porque na economia isso nunca surte efeito, mas é a percepção das ações governamentais que forma a minha opinião.

Recentemente uma pessoa muito ligado a minha pessoa, inscreveu-se para um concurso do Banco do Brasil, nunca pegou  em nada para estudar, então, eu deveria ficar dizendo se Deus quiser ele vai passar, porque Deus é grande. Não passou, até por uma questão de justiça, os que estudaram tiveram classificação, assim é o governo. Desde a gestão do ex-presidente Lula se observava que as leis da economia eram deixadas de lado, e prevalecia a transparência da bondade.

A Dilma toma medidas paliativas que se limitam a tocar um cavalo cansado a dar mais um passo, e impressionar a opinião popular auxiliada pela mídia e um sofisticado trabalho de marketing que sustentamos, aí temos que repetir o texto: agora vai dar certo se Deus quiser, porque Deus é grande, Deus é brasileiro.

Lá de cima Deus se defende: “Não é que eu queira ou não queira. Tem países que fizeram tudo certo para conseguir bons resultados (Coréia do Sul, Japão, Chile, etc.). Tem países que se esforçam para fazerem ações corretas para chegar ao sucesso (China, Índia, África do Sul, Colômbia, Peru, Rússia, etc.). Enquanto o Brasil que foi privilegiado com abundantes recursos naturais, e livre da área de conflitos sísmicos, ultimamente vem fazendo tudo errado, só na base da enganação, uma arte que faz o sucesso dos governos petistas. Eu não posso interferir, até por questões de justiça, no processo ignorando as dissimulações, e fazer brotar da infertilidade administrativa frutos de boas qualidades”.

Tudo se resume numa condição de que o governo não consegue melhorar o ambiente de negócios agravado, principalmente,  pelos excessivos gastos de má qualidade, que a população não consegue mensurar as conseqüências, faltam medidas neste sentido, que deveria continuar a desonerar o Estado  que a nossa Carta Magna produziu um monstrengo pesado  a maquina administrativa do governo, pesada como um elefante extremamente gordo. O Plano Real emagreceu um pouco o animal e ele conseguiu dar alguns passos na primeira década deste século, mas o que se via durante o governo Lula foi uma realimentação do monstrengo e agora novamente ele voltou a ficar pesado, move-se lentamente.

Então, se eu disser que estamos caminhando para o caos, não estou apostando contra ninguém, porque isso é matemático, não é por emoção que vou fazer, ou desfazer o resultado de 2 + 2 = 4, assim é a economia.

Essa engorda foi apontada por poucos economistas como gastos excessivos do governo, enquanto o problema não se trata só do montante, mas, principalmente, da má qualidade dos gastos. Vamos exemplificar: Uma pessoa que se endividou para montar um bom negócio e a outra se endividou com investimentos temerários, poucos investimentos de qualidade, viagens e compras, o Brasil é a segunda pessoa, por isso a precária infra-estrutura do país não permite crescimento sustentável acima de 2% ao ano.  

Dilma e o PT possuem grandes limitações, por compromissos ideológicos ou por não quererem pisar no gramado do desgaste político, para o procedimento desse enxugamento. No momento, Dilma tenta segurar através das privatizações, que ideologicamente já é um desgaste pois sempre utilizaram como arma de desconstrução do governo anterior, e por quererem  ser diferentes ainda não acertaram na execução, e maquina pública além de pesada é ineficiente, por outro lado o governo continua ampliando os gastos de péssima qualidade.

Quando falo da ineficiência da maquina pública não me refiro aos funcionários, que, claro, não deixa de ter muitos desqualificados, e as vezes excessivamente, no entanto, possuem profissionais bons, o que torna ineficiente é a lentidão para executar obras, por exemplo, que na tentativa de evitar corrupção o processo se torna extremamente burocrático com normas e leis paralisantes e, que não conseguem o objetivo. A corrupção se agravou. Quem pode me dizer: qual o filho de ex-presidente que enriqueceu enquanto o pai era gestor?  Nesses casos ocorre uma sugestibilidade negativa do patamar superior para baixo. Imaginem se o filho de Fernando Henrique Cardoso tivesse sido acusado de receber depósitos milionários de concessionárias do governo, com certeza a casa teria caído.  Constatamos cada vez mais estradas rodoviárias, ferrovias, e outras obras mal concluídas a custos exorbitantes.  Dessa forma, a lentidão soma-se ao desinteresse de melhorar os gastos a conseqüência é a contaminação de toda a rede de variantes necessárias para colocar o país no rumo certo. Muitos gastos fora do foco do interesse público e ausente de bons resultados.

A escola de economia que Dilma freqüentou não lhe esclareceu que quando o dólar sobe faz um estrago na economia, e quando desce faz outro estrago. Há pouco tempo atrás o problema da economia brasileira era o cambio, fizeram esforços para que o real desvalorizasse, quando foram perceber que estavam provocando inflação, aí a ordem foi para retroceder. Os juros altos estagnavam a economia, medidas para derrubar os juros, mas não se preocuparam com a base para sustentabilidade dessa medida que seria qualificar os gastos do governo, agora, novamente, acham necessário subir juros. Não vai solucionar, pelo contrário, deverá agravar porque a dívida pública ficará mais cara, ampliará gastos de péssima qualidade.

Um agravante é uma considerável parte da mídia que não quer tocar na ferida com medo do governo sentir a dor e reagir nos contratos de publicidade, não se preocupa em deixar a população mal informada e jogada a sorte do dia em que será surpreendida, semelhante à Grécia que em 2007 dormiu bem, rica, baixo índice de desemprego, feliz e amanheceu 2008 quebrada. 

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