Muito frustrante as revelações
recentes sobre o senador Demóstenes, uma esperança perdida, mais um golpe na
fragilizada oposição que se esgota, conforme interessa aos novos democratas do
Poder.
A certeza da manipulação viável, levou
o Lula a influenciar na criação de uma CPI sobre as ligações dos desafetos com Carlos Cachoeira. Porque só
de alguns? Vejamos um trecho publicado no Estadão, por Eugênia Lopes em
30.04.2012.
“Centralizar tudo nas mãos de poucos para evitar eventuais vazamentos de documentos sigilosos, poupar a Delta Construções, limitar a apuração aos funcionários da empreiteira com participação no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e tentar pôr o foco das investigações em cima do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Esta é a estratégia que começou a ser montada pelos partidos aliados do governo, em especial o PT, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira”,
Como
acreditar na soberana que num determinado momento diz que não influenciaria na CPI, que tem muitos afazeres, mas
abertamente indica o relator da CPI o
mineiro Odair Cunha que apesar de dizer que vai investigar tudo “doa a quem
doer”, ao mesmo tempo que a imprensa notícia
que os “trabalhos começam sob prevalência do comando do Planalto”.
Interessa
a quem não investigar a DELTA? Ao Planalto é claro. Como explicar a maior empreiteira participante do PAC? São
mais de R$ 4 bilhões. Quem foi a mãe do PAC? No mínimo houve omissão por falta
de investigações, não faltaram oportunidades,
tendo em vista que todo mundo da alta
cúpula do governo suspeitavam das ligações de Cachoeira com a Delta.
Neste panorama
a CPI poderá ser mais um evento que beneficiará o PT e o governo, um fiasco que
serviu de risada ao Carlos Cachoeira quando soube da relação dos integrantes da
comissão.