sábado, 17 de março de 2012

BAZÓFIA



Privatização ou desestatização eram palavras demoníacas para os petistas. Eram até o dia das eleições de 2010, ou em momento de conveniência quando o Lula privatizou algumas rodovias.

Agora o termo não é mais privatização, e sim concessão. Quando Fernando Henrique incentivava as faculdades privadas, os petistas achavam que o mesmo estava privatizando o ensino superior, e assim por diante. Dilma não privatizou aeroportos, fez concessões pelo período de 25 anos.

Neste contexto podemos dizer que FHC não privatizou a Vale do Rio Doce, fez a concessão da exploração de minérios, pois, toda a reserva continua sendo de propriedade da União.

As Teles, as explorações de rádio e TV são concessões. Em todos esses casos o governo pode exercer atividades como já acontece com rádio e Televisão. No governo Lula houve a ressurreição da Telebrás.  Para o governo, é fácil criar, difícil é desenvolver.

Conforme a revista ISTO É, 1329 de 22/3/95 o valor patrimonial da Vale do Rio Doce, naquela época, era de US$ 6,5 bilhões. Privatizada houve volumosos investimentos que possibilitaram a empresa elevar as exportações de proporções astronômicas com investimentos em construção de portos e ferrovias elevando o seu valor para mais de 150 bilhões de dólares. Só em 2011 a Vale investiu na construção de mais um píer no porto da madeira em São Luis do Maranhão o valor de US$ 2,9 bilhões e US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação, ao mesmo tempo que encomendou a construção de 12 novos navios com capacidade de 400 mil toneladas, com custo de US$ 1,6 bilhão. São investimentos que seriam difíceis para o governo executar, e na falta,  gerariam inexistência de logísticas para realizações de contratos de exportações em volumes, que nos auxiliam a manter nossas contas externas com saúde invejável, sem contar com a ineficiência do governo de gerenciar uma empresa.

 Porto da madeira em São Luis do Maranhão construido pela Vale para exportação de minério ferro



Essa história de concessão para 25 anos é inadequada, porque a justificativa de passar para a iniciativa privada é que seja executado investimentos volumosos a exemplo da Vale com o objetivo de solucionar os problemas decorrentes. Se o empresário paga R$ 8 bilhões para devolver com 25 anos, é lógico que ele não irá cumprir com investimentos necessários, aí a privatização será fracassada, como aconteceu com as rodovias privatizadas pelo governo Lula, quando exigiram pedágio com valores muito baixo como demonstração de maior agilidade com relação ao governo anterior.

O maior beneficiado com as privatizações foi o governo petista, porque além de crescer demasiadamente a arrecadação que possibilitou ampliar os gastos em programa sociais, evitou-se do vexame do país quebrar em suas mãos.

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