Alguns petistas me acusam de
torcer contra o governo do PT, e contra a presidente. Não se trata de torcer
porque na economia isso nunca surte efeito, mas é a percepção das ações
governamentais que forma a minha opinião.
Recentemente uma pessoa muito
ligado a minha pessoa, inscreveu-se para um concurso do Banco do Brasil, nunca
pegou em nada para estudar, então, eu
deveria ficar dizendo se Deus quiser ele vai passar, porque Deus é grande. Não
passou, até por uma questão de justiça, os que estudaram tiveram classificação,
assim é o governo. Desde a gestão do ex-presidente Lula se observava que as
leis da economia eram deixadas de lado, e prevalecia a transparência da
bondade.
A Dilma toma medidas paliativas
que se limitam a tocar um cavalo cansado a dar mais um passo, e impressionar a
opinião popular auxiliada pela mídia e um sofisticado trabalho de marketing
que sustentamos, aí temos que repetir o texto: agora vai dar certo se Deus
quiser, porque Deus é grande, Deus é brasileiro.
Lá de cima Deus se defende: “Não
é que eu queira ou não queira. Tem países que fizeram tudo certo para conseguir
bons resultados (Coréia do Sul, Japão, Chile, etc.). Tem países que se esforçam
para fazerem ações corretas para chegar ao sucesso (China, Índia, África do
Sul, Colômbia, Peru, Rússia, etc.). Enquanto o Brasil que foi privilegiado com
abundantes recursos naturais, e livre da área de conflitos sísmicos,
ultimamente vem fazendo tudo errado, só na base da enganação, uma arte que faz
o sucesso dos governos petistas. Eu não posso interferir, até por questões de
justiça, no processo ignorando as dissimulações, e fazer brotar da
infertilidade administrativa frutos de boas qualidades”.
Tudo se resume numa condição de
que o governo não consegue melhorar o ambiente de negócios agravado,
principalmente, pelos excessivos gastos
de má qualidade, que a população não consegue mensurar as conseqüências, faltam
medidas neste sentido, que deveria continuar a desonerar o Estado que a nossa Carta Magna produziu um monstrengo
pesado a maquina administrativa do
governo, pesada como um elefante extremamente gordo. O Plano Real emagreceu um
pouco o animal e ele conseguiu dar alguns passos na primeira década deste
século, mas o que se via durante o governo Lula foi uma realimentação do monstrengo
e agora novamente ele voltou a ficar pesado, move-se lentamente.
Então, se eu disser que estamos
caminhando para o caos, não estou apostando contra ninguém, porque isso é
matemático, não é por emoção que vou fazer, ou desfazer o resultado de 2 + 2 =
4, assim é a economia.
Essa engorda foi apontada por
poucos economistas como gastos excessivos do governo, enquanto o problema não
se trata só do montante, mas, principalmente, da má qualidade dos gastos. Vamos
exemplificar: Uma pessoa que se endividou para montar um bom negócio e a outra
se endividou com investimentos temerários, poucos investimentos de qualidade,
viagens e compras, o Brasil é a segunda pessoa, por isso a precária
infra-estrutura do país não permite crescimento sustentável acima de 2% ao ano.
Dilma e o PT possuem grandes limitações, por
compromissos ideológicos ou por não quererem pisar no gramado do desgaste
político, para o procedimento desse enxugamento. No momento, Dilma
tenta segurar através das privatizações, que ideologicamente já é um desgaste pois sempre utilizaram como arma de desconstrução do governo anterior, e por quererem ser diferentes ainda não acertaram na execução, e maquina pública
além de pesada é ineficiente, por outro lado o governo continua ampliando os
gastos de péssima qualidade.
Quando falo da ineficiência da maquina
pública não me refiro aos funcionários, que, claro, não deixa de ter muitos
desqualificados, e as vezes excessivamente, no entanto, possuem profissionais
bons, o que torna ineficiente é a lentidão para executar obras, por exemplo,
que na tentativa de evitar corrupção o processo se torna extremamente
burocrático com normas e leis paralisantes e, que não conseguem o objetivo. A
corrupção se agravou. Quem pode me dizer: qual o filho de ex-presidente que
enriqueceu enquanto o pai era gestor?
Nesses casos ocorre uma sugestibilidade negativa do patamar superior
para baixo. Imaginem se o filho de Fernando Henrique Cardoso tivesse sido
acusado de receber depósitos milionários de concessionárias do governo, com
certeza a casa teria caído. Constatamos
cada vez mais estradas rodoviárias, ferrovias, e outras obras mal concluídas a
custos exorbitantes. Dessa forma, a
lentidão soma-se ao desinteresse de melhorar os gastos a conseqüência é a contaminação
de toda a rede de variantes necessárias para colocar o país no rumo certo.
Muitos gastos fora do foco do interesse público e ausente de bons resultados.
A escola de economia que Dilma
freqüentou não lhe esclareceu que quando o dólar sobe faz um estrago na
economia, e quando desce faz outro estrago. Há pouco tempo atrás o problema da
economia brasileira era o cambio, fizeram esforços para que o real
desvalorizasse, quando foram perceber que estavam provocando inflação, aí a
ordem foi para retroceder. Os juros altos estagnavam a economia, medidas para
derrubar os juros, mas não se preocuparam com a base para sustentabilidade
dessa medida que seria qualificar os gastos do governo, agora, novamente, acham
necessário subir juros. Não vai solucionar, pelo contrário, deverá agravar
porque a dívida pública ficará mais cara, ampliará gastos de péssima qualidade.
Um agravante é uma considerável
parte da mídia que não quer tocar na ferida com medo do governo sentir a dor e
reagir nos contratos de publicidade, não se preocupa em deixar a população mal
informada e jogada a sorte do dia em que será surpreendida, semelhante à Grécia
que em 2007 dormiu bem, rica, baixo índice de desemprego, feliz e amanheceu
2008 quebrada.