domingo, 15 de julho de 2012

INCLUSÃO SOCIAL


A celebre frase de Delfim Neto: “O bolo primeiro deve crescer para depois distribuir” representa um período da economia brasileira que crescia, mas lentamente a população se beneficiava, na verdade, a população não se beneficiou porque o ciclo de crescimento foi curto, não houve tempo de santificar o “milagre econômico” batizado no regime militar e nem o ministro teve a astúcia de alertar aos militares que o modelo econômico estava equivocado.

Atualmente esta frase tem servido para uso político de gestores que não conseguem dar dinamismo à economia, ocorreu na semana passada quando a presidente, em momento quase de desespero gritou que no governo dela não espera o bolo crescer para distribuir, que isso já ocorre no seu governo.

Pelo andar da carruagem o fermento utilizado pelos petistas está deixando o bolo solado e sua divisão pode causar indigestão.

O correto não seria utilizar essa palavra divisão e sim participação que seria possível dentro de um cenário educacional eficiente que permitiria a inclusão social de todos brasileiros.

Assim como eu e milhões de brasileiros conseguem. Nasci no interior do Maranhão, filho de um funcionário público estadual que recebia o salário mínimo, com 11 filhos, com extrema dificuldade, conseguimos conclusão universitária e dessa forma tivemos acesso a uma minúscula fatia do bolo, mas o suficiente para termos uma vida digna. A educação é a forma mais viável de inclusão social. Essa priorizada pelo governo, através da distribuição de dinheiro é mais esperteza política que boas intenções.

Essa política beneficia o governo em várias situações e uma delas é na queda do índice de desemprego, ajuda muito a mascarar este índice, porque milhões de brasileiros sem qualificação profissional só enquadrados no salário mínimo,  sentem-se desestimulados a buscar emprego por considerar o salário baixo e com a ajuda do governo podem completar essa quantia em atividades informais, e com menos pessoas procurando emprego o índice é derrubado ao nível atual, 6%, mas deixa o cidadão viciado a só querer receber. Um país se constrói com o esforço de todos, e cidadania não é só o direito de receber.

A nossa educação inchou, mas não qualificou, tanto que permite à presidente Dilma passar por “heroína” por ter participado de luta armada contra o regime militar na segunda metade do século passado, falta preparar o cidadão para ser um democrata e se tornar imune dos engodos políticos.

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