domingo, 18 de novembro de 2012

CONVERSA FRANCA


Falei no twitter que nos últimos 90 anos o Brasil perdeu 3 oportunidades de mergulhar no desenvolvimento econômico. O último foi no inicio deste século
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Após o quebra da bolsa de Nova York em 1929, a situação da cafeicultura ficou insustentável, o que parecia ficar péssimo para o Brasil gerou uma oportunidade, pois com este cenário os cafeicultores desistiram de investir na cafeicultura e vislumbraram a industria como a  nova opção para gerar riquezas, mas aí surgiu Getúlio Vargas, protecionista, nacionalista arquitetou um modelo econômico baseado no Estado Forte e de economia fechada, que se mostrou insustentável ao decorrer dos anos.

O golpe militar de 1964 veio para solucionar uma crise política que estava atrelada a uma crise econômica, o evento teve apoio das potencias econômicas e financiamento com vultosas somas pelo FMI, mas Costa e Silva elaborou reformas baseadas nos princípios getulistas e assim o presidente do milagre econômico Garrastazu Médici executou, a conseqüência foi desastrosa caímos nos anos oitenta em profunda dificuldades econômicas gerando uma imensa legião de pobres e miseráveis, com inflações incontroláveis e uma dívida externa que parecia ser impagável no qual afugentaram investimentos.

Veio, então, no inicio dos anos noventa do século passado no governo Collor, abertura de mercado, privatizações e renegociações da dívida do FMI que deram um rumo, uma saída, ao país, esse processo prosseguiu com Itamar continuando a privatizar desmontando o modelo de Getúlio Vargas. Fernando Henrique Cardoso fazendo a parte conclusiva e de maior extensão, continuou privatizando, buscou ajuste fiscal, destravou Petrobras com a lei 9.478/97 que deu impulso a produção de petróleo, dobrando a produção de 1997 a 2002, elaborou o fundamentos econômicos e o país começou a crescer.

Em 2002 a oposição gerou uma crise de confiança no mercado em decorrências das ameaças de romper com o FMI e rever privatizações, e em 2003 a oposição assume debelando a crise afirmando que seguiria os fundamentos econômicos do governo anterior e, assim, adquirimos a calmaria, neste principio, procedeu o governo Lula seguindo os fundamentos, mas deixando de lado a agenda FHC, isto é , prosseguiu com equilíbrio fiscal, metas de inflação, cambio flutuante e superávit primário, mas não prosseguiu com as privatizações, pelo contrário, passou a criticar para angariar dividendos políticos. Exploração criminosa da inocência popular. O equilíbrio fiscal o Lula foi negligenciando no segundo mandato, que deu margem ao governo Dilma desmontar o restante, portanto, hoje não existe mais cambio flutuante, não se consegue mais o superávit primário, e a meta de inflação foi para o espaço. Muito tempo perdido na formação de uma infra-estrutura necessária para um módico crescimento de pelo menos 4%, a apelação, no momento, é para o improviso, e para o se Deus quiser vai dar certo.

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