Falei no twitter que nos últimos
90 anos o Brasil perdeu 3 oportunidades de mergulhar no desenvolvimento
econômico. O último foi no inicio deste século
.
Após o quebra da bolsa de Nova
York em 1929, a situação da cafeicultura ficou insustentável, o que parecia
ficar péssimo para o Brasil gerou uma oportunidade, pois com este cenário os
cafeicultores desistiram de investir na cafeicultura e vislumbraram a industria como
a nova opção para gerar riquezas, mas aí
surgiu Getúlio Vargas, protecionista, nacionalista arquitetou um modelo econômico
baseado no Estado Forte e de economia fechada, que se mostrou insustentável ao
decorrer dos anos.
O golpe militar de 1964 veio para
solucionar uma crise política que estava atrelada a uma crise econômica, o
evento teve apoio das potencias econômicas e financiamento com vultosas somas
pelo FMI, mas Costa e Silva elaborou reformas baseadas nos princípios getulistas
e assim o presidente do milagre econômico Garrastazu Médici executou, a conseqüência
foi desastrosa caímos nos anos oitenta em profunda dificuldades econômicas gerando uma imensa legião de pobres e miseráveis, com inflações incontroláveis
e uma dívida externa que parecia ser impagável no qual afugentaram
investimentos.
Veio, então, no inicio dos anos
noventa do século passado no governo Collor, abertura de mercado, privatizações
e renegociações da dívida do FMI que deram um rumo, uma saída, ao país, esse
processo prosseguiu com Itamar continuando a privatizar desmontando o modelo de
Getúlio Vargas. Fernando Henrique Cardoso fazendo a parte conclusiva e de maior
extensão, continuou privatizando, buscou ajuste fiscal, destravou Petrobras com
a lei 9.478/97 que deu impulso a produção de petróleo, dobrando a produção de
1997 a 2002, elaborou o fundamentos econômicos e o país começou a crescer.
Em 2002 a oposição gerou uma
crise de confiança no mercado em decorrências das ameaças de romper com o FMI e
rever privatizações, e em 2003 a oposição assume debelando a crise afirmando
que seguiria os fundamentos econômicos do governo anterior e, assim, adquirimos
a calmaria, neste principio, procedeu o governo Lula seguindo os fundamentos,
mas deixando de lado a agenda FHC, isto é , prosseguiu com equilíbrio fiscal,
metas de inflação, cambio flutuante e superávit primário, mas não prosseguiu com
as privatizações, pelo contrário, passou a criticar para angariar dividendos
políticos. Exploração criminosa da inocência popular. O equilíbrio fiscal o
Lula foi negligenciando no segundo mandato, que deu margem ao governo Dilma
desmontar o restante, portanto, hoje não existe mais cambio flutuante, não se
consegue mais o superávit primário, e a meta de inflação foi para o espaço. Muito
tempo perdido na formação de uma infra-estrutura necessária para um módico
crescimento de pelo menos 4%, a apelação, no momento, é para o improviso, e para
o se Deus quiser vai dar certo.
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