Jim O’Neill economista inglês que trabalha para um grupo financeiro sediado em New York, a Goldman Sachs, criador da sigla BRIC em 2001. Naquela época o Brasil estava com sérios problemas, apagão, quebra da Argentina que fizeram o PIB cair sensivelmente. A olho nu não havia um percepção de otimismo significativo, mas se percebia uma outra lógica de administração baseado na organização do Estado e grandes investimentos que transformava o parque industrial no conceito de modernidade. O’Neill colocou o Brasil entre os emergentes em grupo de 4 países. Brasil, Rússia, Índia e China. Durante esse período a China lidera com crescimento sustentável médio de 10% ao ano. A Índia acompanha com crescimento mais modesto, porém muito bom em torno de 8% ao ano, depois a Rússia com taxa média de 6% ao ano, finalmente o Brasil na lanterna com média de 3,8% ao ano. Neste período auxiliado pela desvalorização do dólar e um considerável aumento no preço das commodities o Brasil alcança a posição de sétima economia do planeta.
Na semana passada, O’Neill declara os países do BRIC que já ultrapassaram o patamar de economias emergentes. Com certeza, impressionado pelo volume em detrimento da qualidade, pois tem mais vantagem o Chile com PIB de 243 bilhões de dólares para seus 16 milhões de habitantes, que o Brasil com 2,181 trilhões de dólares para 190 milhões de brasileiros. Por lá, todos indicadores sociais superam os nossos e se aproximam do desenvolvimento à nossa dianteira.
Estranha decisão! Será que estamos saindo de emergentes para desenvolvido com tantos bolsões de pobreza e alguns gargalos na economia.
Acontece que no decorrer dos oito anos de Lula o Brasil pouco se investiu em infra-estrutura. Conforme os demais países do grupo, o investimento médio anual com relação ao PIB foi o seguinte: China 43%; Índia 34%; Rússia 20%, o Brasil só investia 16,7%, alcançando em 2010 18%. (fonte ISTO É Dinheiro) volume insuficiente para um crescimento sustentável acima de 4% ao ano. Seriam necessários algo na média de 25% do PIB. Acredito que a China e Índia,também, ainda permaneçam emergentes, mas possuem níveis de investimentos que os permitem crescimento sustentável com taxas formidáveis.
Quem não se lembra do apagão em 2001? Aconteceu por falta de investimentos. Na época, percebendo-se a impossibilidade do governo investir o necessário e para garantir o fornecimento de energia, foi permitido o incentivado e a participação da iniciativa privada no processo, inclusive construir hidrelétricas. Assim como em outros setores da economia, educação superior, no petróleo com a lei 9.478 de 1997, foi uma grande abertura comercial da economia brasileira, trouxeram importantes conseqüências para essa industria brasileira, possibilitando a quase auto-suficiência. Iniciativas assim, é impossível fluir da mente do cacique do monopólio, que na contramão criticou durante seu governo as privatizações apostando na desinformação do eleitor e angariar dividendos políticos. Privatizar não é só vender, também permitir concessões que são exclusivas do governo.
A conseqüência é a realidade atual, o governo precisa frear o consumo. Aumenta os juros para conter a demanda por oferta insuficiente, que causa entrada de moeda estrangeira, que fortalece o Real, com inflação pressionando, o Real perde poder de compra internamente e ganha externamente. É melhor comprar no exterior.
O seu ponto de vista acrescenta pontos importantes para a continuidade do desenvolvimento brasileiro em todos os sentidos.
ResponderExcluirInfra estrutura sim, há carëncia dela por todo o planeta, quem dirá no Brasil que há menos de uma década iniciou sua escalada para se tornar um Brasil viável para todos os brasileiros.
E a Financial Times que me desculpe, mas ela
entende só de finanças mesmo. Lula entende de
gente, e Dilma é boa naquilo que o Financial
representa.
É o meu simples ponto de vista. Faz parte,
também.
Muito ricas as suas matérias.
Hy Ho!
ResponderExcluirEsclarecido, Coqueiro!
Me surpreende muito o Brasil ser o último do grupo BRIC sendo que temos uma eneorme vantagem entre que é a unidade linguística.
Não basta investimento, é muito importante o entendimento.
Por isso que a Educação é considerada o grande insumo em todo mundo.
Pra todo mundo se entender e criar a sinergia necessária para o desenvolvimento fundamentado na colaboração.