domingo, 26 de dezembro de 2010

CONTAS PÚBLICAS


O país possui duas contas: a Externa quando deve em moeda estrangeira e a Interna quando deve em Real.
A dívida externa está numa situação invejável, confortavelmente, sem perigo de risco porque não há mínima possibilidade de um calote externo. As reservas em moeda estrangeira estão acima do saldo da dívida.
A dívida interna cresceu com FHC e tornou-se gigante no governo Lula, porém ainda é administrável. O problema é a velocidade como cresce e a pouca chance da Dilma exercer austeridade fiscal. Lula gerou compromissos que se tornaram pétreos numa gestão petista, agravado pela necessidade de grandes investimentos em infra estrutura, e as barreiras ideológicas para a participação da iniciativa privada nesse processo.
Mantenho a esperança que a Dilma surpreenda, e exerça austeridade fiscal. Caso contrario ela chegará a uma situação limite.
O país pode quebrar? A curto prazo não. Mas o endividamento excessivo gera problemas de percurso na condução da economia, já está acontecendo. O governo necessita vender cada vez mais títulos e para isso aumenta juros que gera entrada de dólares, valoriza o real, dificulta exportação. Por outro lado o governo amplia a carga tributária, piorando a competitividade do país.
Como o governo deve em Real, a possibilidade de emissão de moeda é grande e a conseqüência imediata; inflação.
A sociedade brasileira não gosta de degustar política é um assunto indigesto, prefere as surpresas, porém é importante se ter conhecimento que o excesso de otimismo faz parte do trabalho de marketing do governo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

POPULISMO


Luis Inácio Lula da Silva, se orgulha de ser comparado a Getulio Vargas. Realmente se parecem, os dois foram muito importantes para o Brasil. Lula sempre se espelhou em Getulio Vargas. São importantes porque mesmo depois de deixarem o poder sempre vamos ter que falar deles até que um dia nos libertemos. Bolsa Família de Lula foi a Legislação trabalhista de Getulio. Ou a Legislação Trabalhista de Getulio Vargas foi o Bolsa Família de Lula. Acontece que Getúlio Vargas foi empossado em 1930 pelo golpe militar contra Washington Luís. Nove anos depois os militares cansado de Getulio manifestavam interesse de destroná-lo, aí então ele fez a Legislação Trabalhista (1939) e, com isso ganhou a popularidade, e mais seis anos de poder. Pois só em 1945 os militares cercaram o palácio do catete e deram 24 horas para ele sair de lá. Getúlio só pecou, pecou demais. Nacionalista ele acreditava que o Estado tinha habilidade de gerir a economia. Acredito que os pecados de Getulio foram de boa fé. Essa é a razão do Brasil ainda ser um emergente. Enquanto ao Lula, não posso falar o mesmo, porque somos seres racionais, podemos errar, mas, não podemos repetir erros. Os dois tinham ambições perpetua do Poder. Populistas. Aquela historia que trabalham pelo menos favorecidos, mas são formadores de necessitados. O Lula teve mais sorte, recebeu um país estruturado, mas não teve a habilidade de evoluir, a melhoria que aconteceu foi por conta das reformas do antecessor. No entanto, teve a habilidade de chamar pra si os dividendos políticos. A gloria para Lula não é do país é dele.

domingo, 19 de dezembro de 2010

DESMONTE


“Nós apenas estamos fazendo aquilo que os outros não fizeram”. Essa foi uma das frases do Presidente Lula no registro das ações de seu governo no dia 14.12.10. Verdade? Ou presunção.
A estabilidade monetária foi dele? Ou este feito seria desnecessário para a evolução da economia. As privatizações também plenamente desnecessárias. Imagino o país com mais da metade da economia sendo gerenciada pelo governo. Praticando o dumping da incompetência por necessidade de desova da produção e mandando a conta para o contribuinte. Somente por milagre sobraria recursos para o bolsa família. O que não foi feito? Adequar investimento em infra estrutura a níveis necessários para o tão falado crescimento sustentável. É uma questão de visão. Me recordo quando o governo passado ampliou incentivos às Universidades privadas. Para oposição era a privatização do Ensino Superior, e agora falta mão de obra especializada. Já falei que educar não é só ensinar que dois mais dois são quatro. É, também, não permitir incremento da ociosidade na juventude. Aumentou de 22% para 24% a quantidade de jovens entre 18 a 20 anos, que não estuda e nem trabalha. Onde está a omissão? Afinal é bom citar as realizações do Presidente. Queda de juros? Isso estava acontecendo. Basta ter seguido os fundamentos da economia deixado pelo anterior. Fracasso foi a necessidade do rompimento do ciclo. Depois que Palocci deixou o Ministério da Fazenda assistimos o principio do desmonte dos fundamentos econômicos que tanto propicia a estabilidade e o crescimento do país e, que o próximo governo terá como desafio a recuperação.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resposta ao Anônimo


Alguém, um anônimo, fez o seguinte comentário: “Prezado, É muita prepotência afirmar que o homem é imperfeito. Seria mais coerente afirmar que a natureza humana é imperfeita, visto que, o corpo humano é uma máquina perfeita. Também veja o outro lado da moeda, não é obrigado o nomeado dever "favores" ao nomeador. Daí se valem as questões éticas e morais não só do Presidente da República, mas também dos magistrados (favorecidos).”
Por Anônimo em PODER DEPENDENTE em 14/12/10
Claro que quando me referi a imperfeição humana era com relação às questões éticas e morais ao excesso de ambição, aos sentimentos de inveja, ódio, vingança etc. Eu não posso me declarar ético, ninguém pode, é uma questão de comportamento. Os Poderes são independentes. Existe a convivência que deve ser a mais harmoniosa possível. O Supremo e os Tribunais Superiores selecionar três profissionais de carreira e por cortesia levar ao Presidente da República para escolher um deles, isso é aceitável, até mesmo elogiável. O nomeado não deve ao nomeador. No entanto quando um ministro é escolhido porque a mãe é amiga da esposa do Presidente, ou porque o profissional foi advogado do PT, isso é condenável. Aqui o nomeado deve ao nomeador. A sociedade deve reagir. Eu sou uma célula dessa sociedade que tenta usar a comunicação para alertar outras células. Ou alguém acha que Democracia é só o direito de ir e vir. Esse direito eu exercia na Ditadura Militar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PODER DEPENDENTE


O homem é um ser imperfeito, as leis não são perfeitas, este somatório resulta numa justiça cavernosa. Mas a democracia permite opinar na direção de uma melhoria e assim projetar uma sociedade com menor imperfeição. Refiro-me às nomeações do Presidente da República à Ministros do Supremo Tribunal e dos Tribunais Superiores, dos governadores dos Estados à Desembargadores. Isso tem um odor de promiscuidade. Não consigo enxergar a independência do judiciário. O perigo reside nos bastidores, ninguém, a não ser a cúpula, sabe o que ocorre por lá. A transparência é impossível, e as negociações movidas pelo Poder acontece e tudo pode terminar como o executivo quer, portanto, é necessário racionalizar uma maneira mais salutar de se nomear ministros e desembargadores no judiciário. Quem sabe, não seja essa a razão que até hoje o presidente Lula possa bradar pelos seus palanques, que mensalão nunca existiu, que mensalão foi uma tentativa de golpe da direita, que ele foi vitima.

Impecáveis

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"ETERNO EMERGENTE"


A Coréia do Sul é rica, economicamente bem superior ao Brasil, pode ser considerada desenvolvida. Na década de 70 em pleno milagre econômico brasileiro, a Coréia do Sul era paupérrima e o Brasil era emergente. Quarenta anos depois o Brasil continua emergente e a Coréia do Sul é rica. Onde está o erro?
O empresariado brasileiro tem provado competência e eficiência. Mas de repente uma decisão do governo de retirar dinheiro do mercado para desaquecer a economia por temor à inflação que ameaça sair do controle.
Algo errado no governo interfere na economia. Estes erros são conseqüências de equívocos. Troca de valores, as verdadeiras ações para viabilizar o país passaram a ser criminosas. A prioridade eram as onerosas inaugurações de obras, e constituir palanques. Isso gera visibilidade e dividendos eleitorais. Esqueceram de governar, de definir prioridades, paralisou-se as reformas, atiraram a sociedade contra privatizações, gastou-se descontroladamente.
Avançamos muito, porque no inicio dos anos noventa do século passado, acima de 55% da economia era de gestão governamental, hoje está abaixo de 20%. A estagnação do processo é perigosa porque corremos o risco de sermos um “eterno emergente” um país do futuro. Até imagino daqui a 30 anos o Brasil no grupo dos emergentes, com certeza não estarão mais China, Índia, e Rússia, conseguiram o status de rico. Os emergentes serão nessa época, Brasil, Bolívia, Paraguai, Serra Leoa etc.

eterno emergente


Em Ouro Preto, em outubro de 2009. lançamento do PAC das Cidades que prevê investimentos de 890 milhões de reais até 2012

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DESMANDOS DA PETROBRAS



O que nos encanta no Lula são seus ímpetos com frases de efeitos. Se referindo a Petrobras, falou “desmandos da Petrobras durante o século XX”. De certa forma ele tem razão, no entanto seria bom esclarecer, que desmandos foram esses? Existia sim, no monopólio da estatal que deixou o país dependente da importação por mais de 50 anos. Em 1997, sob protesto da esquerda, foi quebrado este monopólio. A empresa era de baixa lucratividade e sem capacidade de investimento produzia mais dependência que petróleo. Na época essa situação agradava o atual Presidente porque também foi contra a quebra do monopólio da Petrobras. A conseqüência dessa ação foi a entrada de 41 empresas nacionais e estrangeiras e investimentos de bilhões de dólares em sísmica, perfuração, desenvolvimento e produção de poços. Em agosto de 1997, o país produzia 850 000 barris de petróleo por dia. Em março de 2003, essa cifra já havia subido para 1,6milhão. Em 5 anos (1997 a 2002) a Petrobras dobrou a produção. No entanto isso não aconteceu nos 8 anos de Lula. A nossa sorte foi que governo atual, assumiu com este benéfico ato realizado, senão, os demandos não teriam cessados e, estaríamos importando cerca de um milhão de barris por dia e a sociedade achando que isso era natural.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ESTADO MÁXIMO


Duas pessoas me perguntaram se Dilma fará um bom governo. Eu respondi que até o momento ela tem expressado tendência a uma austeridade fiscal, isso é bom. Porém ela poderá ter problemas com a base política e sindicatos, por outro lado tem a questão ideológica. É que a futura presidente e seu partido estão se adaptando a uma convivência com o capitalismo. Ainda não se libertaram totalmente da idéia estatizante. Isso dificulta a organização do Estado e, nesse momento de perspectiva da volta do crescimento mundial a maior contribuição do Estado é o retorno à organização das contas públicas. Desonerar o Estado para se poder fazer uma reforma tributária. Como isso será possível se o país necessita rapidamente de tanto investimentos em infra estruturas? Continuar as privatizações. Aeroportos, Portos Hidroelétricas, Trem Bala etc., a iniciativa privada constrói. O governo deve direcionar os impostos, principalmente, para Educação, Saúde, Segurança Habitação e Saneamento Básico. Isso não é tornar o Estado Mínimo. Afinal, quem tem o poder regulatório, não pode ser considerado mínimo. Pelo contrário, não atrapalhando pela desorganização torna-se um Estado Máximo