O país possui duas contas: a Externa quando deve em moeda estrangeira e a Interna quando deve em Real.
A dívida externa está numa situação invejável, confortavelmente, sem perigo de risco porque não há mínima possibilidade de um calote externo. As reservas em moeda estrangeira estão acima do saldo da dívida.
A dívida interna cresceu com FHC e tornou-se gigante no governo Lula, porém ainda é administrável. O problema é a velocidade como cresce e a pouca chance da Dilma exercer austeridade fiscal. Lula gerou compromissos que se tornaram pétreos numa gestão petista, agravado pela necessidade de grandes investimentos em infra estrutura, e as barreiras ideológicas para a participação da iniciativa privada nesse processo.
Mantenho a esperança que a Dilma surpreenda, e exerça austeridade fiscal. Caso contrario ela chegará a uma situação limite.
O país pode quebrar? A curto prazo não. Mas o endividamento excessivo gera problemas de percurso na condução da economia, já está acontecendo. O governo necessita vender cada vez mais títulos e para isso aumenta juros que gera entrada de dólares, valoriza o real, dificulta exportação. Por outro lado o governo amplia a carga tributária, piorando a competitividade do país.
Como o governo deve em Real, a possibilidade de emissão de moeda é grande e a conseqüência imediata; inflação.
A sociedade brasileira não gosta de degustar política é um assunto indigesto, prefere as surpresas, porém é importante se ter conhecimento que o excesso de otimismo faz parte do trabalho de marketing do governo.