segunda-feira, 1 de novembro de 2010
ESPERTEZA & COMPETÊCIA
A diferença entre o PSDB e o PT, é que o PSDB sobrevive pela competência administrativa e o PT pela esperteza. Portanto, os marqueteiros do PSDB devem ter mais conhecimento do que esperteza. Já os marqueteiros do PT só necessitam da esperteza.
A infelicidade do PSDB nas duas últimas campanhas para presidência da República, ocorreram porque o partido optou pelo jogo do PT, a esperteza. Abandonou a possibilidade de estimular durante os últimos anos a racionalidade econômica no eleitorado brasileiro e deixou o PT livremente no processo depreciação das ações de FHC. Principalmente no que diz respeito as privatizações. Acreditar que o PDSB desconhecesse essa possibilidade é impossível. Talvez, julgara que, optando pelo silencio seria o caminho mais fácil. Faltou a característica de partido político, defender aquilo que acredita ser o melhor para o país. O neoliberalismo iniciado pelo Collor, seguido pelo Itamar e concretizado pelos Tucanos e que prosseguiu com Lula, embora com falhas de condução, é o que frutifica
A ausência de resposta às criticas e comparações. Uma vez questionado as privatizações o PDSB deviria reagir com uma pergunta singular: Seria possível, ao país, essa saúde econômica vivida no momento sem privatizar?
Quando se chega a conclusão de que privatizar foi bom, os reacionários questionam valores. O melhor da privatização não foi o ganho na venda e sim o que se deixou de perder ao longo do tempo com a mudança de gestão.
As comparações feita pelo presidente Lula e o PT abertamente na mídia são esdrúxulas. Não há como comparar resultados, porque os resultados atuais são decorrentes de ações anteriores. O fluxo da economia é movida por reformas administrativas, e essas reformas não foram do presidente atual, pelo contrário, por paralisa-las, compromete-se o futuro dessa evolução.
FHC herdou um país com uma série de problemas: uma moeda que necessitava de um ajuste fiscal para sobreviver, sistema financeiro quebrado, parque industrial obsoleto, etc. Tudo isso foi resolvido. Lula recebeu um país bem melhor que FHC. A alegação do PT que o país estava em desordem econômica em 2002, não procede. As dificuldades na economia naquele período, foram causadas pelo PT com o documento de 16.12.2001 “A RUPTURA NECESSARIA” com ameaças de mudanças nos rumos da economia gerando fugas de capital em alta escala. Portanto nada haver com a condução. Tanto que ao assumir e confirmado a permanência dos fundamentos da economia do governo anterior, voltou-se à normalidade.
Se o ajuste fiscal foi importante para estabilidade da moeda o governo atual vai entregar para a sucessora em desequilíbrio fiscal, portanto não vai deixar o país melhor do que recebeu, embora a economia esteja em fluxo maior. O que significa essa incoerência?
As reformas administrativas são ajustes que o governo executa para fertilizar a economia. Quando isso paralisa é sinal de problemas futuros. Desequilíbrio fiscal é uma desorganização do governo que se for duradora contaminará a economia. Isso já começou. Com a necessidade de cobrir os déficits o governo necessita de vender mais e mais títulos da dívida pública, para tanto aumenta-se os juros, conseqüentemente maior entrada de dólares e valorização do real, e dificuldades nas exportações. Por outro lado, o governo necessita de maiores impostos e com certeza o governo Dilma deverá ressuscitar a CPMF, ferindo a competitividade do país que já é ruím.
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