Nas paginas amarelas da revista
Veja de 16 de maio, 2012 mostra uma entrevista com o economista indiano RAGHURAM
RAJAN, professor da universidade de Chicago, que fala sobre “As raízes
profundas da crise”. Em um pequeno trecho ele diz tudo: “Os políticos trabalham
de olho nas eleições. Poucos fazem para consertar as deficiências estruturais
da economia”.
O nosso blog tem-se debruçado
neste ponto e até mesmo se tornando enfadonho, mas é nesta instancia que
qualifica as ações de um presidente da republica, que, no Brasil ultimamente
dissimulam seus atos como executivos
municipais inaugurando obras ou anunciando pacotes de bondades que com decorrer
do tempo se transformam em pacotes de maldades.
Enquanto a chanceler alemã,
Angela Merkel, defende austeridade fiscal numa região em crise, Dilma diverge sobre
o assunto e desdenha sobre a derrota nas eleições regionais da Renânia do
Norte. Certamente Merkel esteja mais preocupada em proteger seu país de uma
crise do que salvar a sua popularidade, até porque a Alemanha (3%) teve em 2011 um
resultado melhor que o nosso (2,7%) no desempenho do PIB.
A opinião popular nem sempre
vislumbra as medidas acertada de um governante, é uma falha educacional que
ocorre também em países desenvolvido, é o caso da Grécia onde a população foi
surpreendida em situação catastrófica por falta da observância das ações dos
seus governantes, isso corresponde a entregar um cheque assinado em branco. Daí
a preocupação deste blog onde por mais de dois anos alertamos sobre a
acomodação otimista financiada pelo governo que promove um modelo de gestão
baseado na costura de situação em vez de promover as medidas estruturais que
necessitam para um crescimento sustentável.
Assim governa a Dilma, prometendo e inaugurando obras, e uma preocupação primordial de criar a imagem de severa mas, boazinha, caridosa, e com medidas
improvisadas de combate a corrupção e proteção da economia, dessa forma, impressiona-se melhor
o eleitorado.
A série de omissões dos
governantes petistas, a inadequada combinação ideológica com a ordem econômica,
estão gerando consequências na nossa economia. O Brasil jamais seria imune a
crise que ocorre na Europa, mas essa crise por si só não causaria tantos danos se
o país tivesse continuado a fazer os deveres de casa como ocorria no período da
estruturação da engenharia da estabilidade monetária.