sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

BOBO ÚTIL.

Poderia me sentir um bobo útil sempre lutando contra um governo que se, por acaso, não for reeleito outro ganhará, e nada ganharei diretamente com isso. Falei diretamente, mas indiretamente poderei ganhar muito, mas, por entender que demonstrar patriotismo não se resume em cantar emocionadamente o Hino Nacional e depois se deixar cair na lábia da esperteza de quem comanda os nossos destinos, que pelo visto estamos regredindo com um governo que se preocupa em esconder o lixo debaixo do tapete, e enganar sempre, um governo que não governa que não seja pela força da ideologia ineficaz com o apoio de meia dúzia de doutrinados que agora sentem a possibilidade de experimentar um sistema de governo que deu errado por todos que atreveram e, sem poder exercer essa transformação, protela ações vitais agindo por força das circunstâncias como no caso das privatizações dos portos e aeroportos e rodovias federias que só feita para que a corda dure mais um pouco para arrebentar, um governo que sobrevive repetindo o populismo e ao deslumbramento do eleitorado que se nega a entender que o processo de crescimento econômico vivido no país em alguns períodos da década passada ocorreu por força da estabilidade econômica e não pela presença do PT no palácio do Planalto e que por inércia dos últimos governos estamos em retrocesso.

Ao longo dos últimos anos os petistas foram eficientes em desconstruir o construtor para ocupar seu lugar com a cumplicidade da mídia que eles próprios a chamam de PIG (partido da Imprensa golpista), mas sociedade começa a sentir os sintomas da má condução da economia, atordoada, desconhece a origem do mal e como combater, promoveram, sem nenhuma pauta, no primeiro semestre do ano passado movimentos de protestos contra a corrupção, o precário serviço de saúde, a ineficiência da educação, e a falta de segurança. Estamos próximo de completar um ano depois dessas manifestações e só ouvimos da presidente dizer que ouviu o clamor popular sem nada de concreto acontecer.

Da forma como foi pedido o combate a corrupção até político  corrupto também o fazem, no entanto, a sociedade tem que entender como disse Peter Eigen, criador da Transparência Internacional. “Só o comprometimento da sociedade é eficaz no combate à corrupção”. Não são as faixas nas ruas pedindo o fim da corrupção que vai alterar esse comportamento. Afinal, que corrupção? O combate à corrupção começa com o bom funcionamento das entidades democráticas e isso só pode ser possível com a transparência até no momento do Executivo nomear um Presidente de Tribunal ou ministro do Supremo, o fato da Constituição delegar essa competência ao chefe do executivo, não deve ser entendido que possa nomear quem ele quer, é necessário obedecer alguma regra cujo beneficiado seja a sociedade e não grupos do governo ou do partido que governa. É um direito e não dever da população confiar nas decisões judiciais. Nós interessados devemos ficar atentos e criticar o mal no momento que acontece.

A educação e saúde são duas atividades que não melhora só por insuficiência de recursos, mas principalmente pela gestão, pode multiplicar a disponibilidade de recursos nada vai melhorar com uma gestão ineficiente. É a história das nomeações que são feitas em sua totalidade não por competência, mas pelo dividendo eleitoral que a presidente ou partido possa auferir e, essa condição é regra que o governo nem se acanha de exibir, até a imprensa já apresenta a situação com uma normalidade. No que concerne a saúde, talvez, os manifestantes foram os bobos úteis, porque a presidente aproveitou a situação para anunciar a contratação de médicos cubanos. “Atendendo as manifestações das ruas...”, que atendendo manifestações se as negociações com Cuba já aconteciam há muitos meses atrás.

A segurança é tão critica quanto cruel, só piora, é como diz Olavo de Carvalho “as universidades brasileiras são verdadeiras formadoras de imbecis”. São pessoas que não sabem definir competências entre município, estado e união, acham que não devem se importar com política, sempre elegem um culpado pela influência, o falso consenso; a segurança sempre é do Estado o único responsável, ou é a ação da polícia que atua mal, “é falta de policiamento” é o diagnostico mais comum. Imagine uma grande cidade que deveria colocar dois policiais em cada esquina, olha o custo, a polícia prende alguns dias depois estão nas ruas ameaçando e matando policial que se arriscam por um misero salário. A causa ou a ação do tráfego de drogas deve ser de competência do governo federal. Se menos droga entra no país mais eficiente seria o trabalho nos Estados. Nos últimos acontecimentos em São Luís ninguém falou na possibilidade de traficantes de alta periculosidade migrarem para a capital maranhense pela aptidão torna o complexo portuário da cidade como rota de trafego internacional de drogas. Todo mal para ser bem combatido tem que ser bem diagnosticado.