quinta-feira, 8 de abril de 2010

ECONOMIA BRASILEIRA

ECONOMIA BRASILEIRA
O fato da economia brasileira ter encolhido 0,6% no ano passado, quando se esperava um crescimento de pelo menos 2,5% gera dois momentos de reflexões. O primeiro com o excesso de otimismo que o governo eficientemente produz com objetivos eleitoreiros, conduzido por um aparato de marketeiros e auxiliado pela mídia. Este excesso de otimismo, disse uma vez Mirian Leitão: “já prejudica a economia brasileira”. Acontece que favorece a entrada de capital especulativo que ajuda a valorizar o real.

O segundo momento de reflexão é encontrar uma saída. O que falta ao Brasil? Um país privilegiado pela natureza, pois temos todos os recursos naturais necessários para o desenvolvimento, a começar pelo fato de que possuímos a maior área agricultável do planeta.

Não é difícil sintonizar os problemas. O governo diretamente não é mais o grande responsável pelo crescimento econômico do país, ele já não produz quase tudo como outrora, mas é o responsável de criar um campo favorável para estimular o crescimento econômico.E isso não se traduz nas ações do governo de ressuscitar SUDENE, SUDAM, etc. e nem desviar dinheiro do contribuinte para fortalecer a sua rede de bancos oficiais no intuito de financiar a economia. A era getulista deve encerrar. Salve Collor de Melo que iniciou a caminhada neste sentido e Itamar que prosseguiu, Fernando Henrique deu passos largos e agora Lula quer ressuscitar.

Aquilo que já falei. O governo atual não consegue semear. Pois é, ele não prossegue as reformas necessárias para estancar fugas de investimentos de empresas brasileiras para outros países, principalmente para a China. Reconhecer a China como Economia de Mercado não pode ser um ato de amizade ideológica, ou uma mercadoria de troca. Primeiro se deve ter certeza se a China pratica economia de mercado. Segundo como é a legislação trabalhista por lá? É onerosa e complicada como a daqui? Aí vem a questão da coerência. Se o PT como partido dos trabalhadores não quer abrir mão de direitos trabalhista como sujeitar a economia brasileira a concorrer livremente com um pais que não existe tantos encargos sociais.

Uma outra questão é a desoneração do Estado. Neste campo o governo atual encontrou uma folguinha deixado pelo anterior, achou bom, ocupou e ampliou os gastos, e o pais já apresenta deficit nas suas contas públicas. Por outro lado, a boa informação nos falta. temos uma imprensa que não ajuda com eficiência. A revista VEJA, eu considero a  independente, tanto que é a única que recebo toda semana, mas vejamos o que Benedito Sverberi escreveu no espaço ECONOMIA na edição de 17 de março de 2010, pagina 82. 
“Anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o produto interno bruto (PIB) soma de toda a riqueza produzida pelo país, teve retração de 0,2% em relação a 2008. Uma primeira interpretação possível é que a economia doméstica se saiu muito mal. Em termos comparativos, no entanto, o Brasil não fez feio. Nas nações desenvolvidas a crise financeira global bateu com muito mais força. A queda do PIB foi de 5% no Japão; de 4,1% na zona do euro (grupo de países da União Européia que adotam essa moeda); e de 2,4% nos Estados Unidos. Outra boa notícia é que o PIB do ano passado retrata algo já superado”.

Infelizmente Sverberi esqueceu de separar os grupos. O Brasil não está no grupo dos países ricos, onde a crise financeira global foi mais acentuada. O Brasil faz parte do Brinc (Brasil Rússia Índia e China) que cresceram: Rússia 4,8%; Índia 5,6%; China 8,7%. As vezes me pergunto: o que faz o Brasil no BRINC? Foi o único que fez feio e muito feio, e se saiu muitíssimo mal. Ao mesmo tempo joga uma pá de otimismo muito forte com a notícia de superação nos primeiros meses de 2010. Claro, como o crescimento do PIB deste ano é medido sobre o ano anterior em percentagem, portanto se em 2010 o PIB repetir o volume de 2008 a economia do país cresce. Desta forma, é possível o Brasil apresentar um resultado melhor em 2010 crescendo pouco. Uma boa imprensa tem o dever de informar bem. Na mesma reportagem de Sverberi ele omitiu o crescimento da economia em 2003 que foi de 0,1% , no gráfico referente ao período de Lula. Isso porque na verdade o resultado havia saído em -0,1%, mas por uma alteração na forma de medição, conseguirão positivar um resultado que saiu em primeira mão negativo. O pífio crescimento de 2003 não foi de responsabilidade do governo Lula, mas foi de responsabilidade da campanha eleitoral predatória do LULA e de seu partido em 2002. Notem a calmaria do mercado nesta campanha de 2010. Nenhum dos prováveis vencedores está ameaçando de mudanças radicais no rumo da economia.

O governo atual não mexeu nos fundamentos da economia deixado pelo governo anterior, mas, não prosseguiu no processo de fertilização para um desenvolvimento mais robusto. O Brasil pós ajustes fiscais, estabilidade monetária teria que prosseguir na desoneração do Estado. Desonerar o Estado é o caminho para se fazer uma reforma tributária necessária e não uma reforma que une e muda nome dos impostos, e o peso continua o mesmo. É trocar 6 por meia dúzia. Não basta ter um exacerbada confiança no Meireles, ele é muito bom, ótimo, ninguém pode negar, mas ele não está acima das leis da economia . São leis inflexíveis, não perdoa desobediência, ela torna o país uma grande empresa que deve obedecer as regras da competitividade. Se Brasil não conseguir continuaremos só na promessa e, de crescimento melhor no futuro.
Um outro grande erro é comparar crescimento econômico de um governo com outro. Na verdade o melhor governo deve-se traduzir pelo trabalho que foi realizado para fertilizar um ambiente de negócios, para fluir o crescimento econômico. Como o atual governo andou na contra mão deste objetivo onerando muito o Estado, o Brasil não terá crescimento econômico satisfatório no próximo governo seja ele de Dilma ou de Serra. Crescimento acima de 7% é que o país necessita. O desafio do próximo governo será árduo pois terá de tomar medidas antes populares para recuperar o equilíbrio das contas públicas e definir com racionalidade as prioridades de gastos em investimentos.