quinta-feira, 30 de junho de 2011

COMPETITIVIDADE



A revolta dos gregos contra as medidas de contenção de gastos para receber o empréstimo da salvação, imbuído num raciocínio frio e matemático, nos conduz a idéia da omissão de uma sociedade esclarecida, democrática que permitiu ao governo chegar a esta situação. Agora são surpreendidos, pois até 2 anos atrás a economia grega com uma dívida de pouco mais de 80% do PIB, na época, aparentava plena normalidade e de repente o desemprego atinge 16%. Preferir dar o calote como a maioria dos gregos querem, por culparem aos administradores públicos, não é o correto. Afinal a beleza da democracia é, também, a possibilidade da observância das ações governamentais, e de opinar. É uma oportunidade de nossa sociedade procurar informações e vigília.

Neste blog tenho falado da nossa dívida que cresce e até comparei com uma provável aproximação, no futuro, da situação americana. Não quis dizer que os EUA estão próximos de quebrar ou dar calote, mas que altas dívidas entram como um dos componentes para diminuir a competitividade, conseqüentemente na recuperação dos empregos perdidos. Por outro lado nos Estados Unidos as instituições são bem mais sérias. O Congresso funciona melhor, não é a gangorra brasileira que, quando um partido está no poder copula a maioria dos políticos. O Congresso Americano deu um exemplo recentemente não deixando o governo ampliar os limites da dívida, obrigando Obama a cortar gastos, como retirar militares de áreas de conflitos etc. Com certeza os americanos têm muitas chances de voltarem ao crescimento econômico de forma mais vigorosa.

Vivemos, então, uma bolha na economia? Não é fácil uma previsão, mas não acredito em bolha porque a nossa economia esteada em commodities que crescem de valor deverá ter muitos anos de crescimento mediano. Vivemos da sorte.
 
Desde o ano 2001 quando a China entrou na OMC (Organização Mundial de Comercio) os negócios com o Brasil se avolumaram, em decorrência do forte crescimento econômico daquele país que vem pressionando uma grande valorização nas commodities, e que o Brasil teve a benevolência da natureza de possuir a maior área agricultável do planeta e, de ter minérios, principalmente de ferro, de boa qualidade, isto é, o teor de ferro acima de 60%, portanto enquanto a China estiver com crescimento nessa desenvoltura não haverá risco de naufrágio da economia brasileira.

O problema é que um país da dimensão do Brasil não pode chegar ao estágio de Desenvolvimento Econômico apenas com commodities. Para se ter uma ideia a Grécia chegou a esse patamar com um per capita 2,8 vezes maior que o nosso. Isto significa que teríamos de produzir 2,8 vezes toda riqueza que produzimos atualmente para chegarmos ao status de riqueza grega.
 
O governo passado pouco fez para essa realidade atual melhorar, não se preocupou com outros seguimentos da economia como a industrialização que é uma das formas de crescimento permanente. Para isso teria que trabalhar em favor da competitividade do país. Aí foi o fracasso do Brasil, não do Lula, porque é o país que vive atualmente o drama da falta de competitividade. Faltaram ações para diminuir o custo Brasil. A Reforma Tributária ficou mais difícil com o gigantismo da maquina administrativa sem trazer soluções para a falta de médicos na saúde, de promotores e juízes para tornar uma justiça mais ágil, ou de melhorar a educação. Tudo isso agrava a competitividade do país. As decisões judiciais são demoradas e as empresas são penalizadas por isso. Falando em reforma tributária mesmo sem executá-la o governo passado poderia ter realizado, pelo menos, uma ordenação tributária. Vejamos o que isso representa. As empresas brasileiras tem um custo extra com consultorias especializadas para não caírem na armadilha tributária que nas suas complexidades tamanha existem, entre os próprios auditores, diferentes interpretações. Hoje se fala na desindustrialização do país que acontece por perda de competitividade.
 
Desconstruir o governo FHC não trouxe benefícios ao país, mas rendeu muito ao Lula e ao PT, era o que importava, daí a razão de tanta investida, no entanto ficaram sem agenda e governaram quase no improviso, as conseqüências começaram a chegar forçando Dilma à retomar as privatizações, imitar os erros, como eles dizem, de FHC.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ESPERTEZA



J. R. Guzzo escreveu na revista Veja desta semana; E a malandragem? Diz o seguinte:
“O Brasil vem se tornando, nos últimos anos, uma espécie mundial da tapeação. O grande responsável por essa realização nacional é o governo, ou quem manda no governo, com o desenvolvimento de técnicas cada vez mais avançadas e eficientes para convencer a opinião pública de que coisas que todo mundo está vendo não existem – ou que existem coisas que ninguém consegue ver. Isso ajuda, e muito, todas as vezes que aparece uma história feia, que o governo quer esconder, ou quando ela decide fabricar uma historia, para mostrar méritos que não tem. Quase sempre a platéia acredita na mágica, bate palmas e diz, nas pesquisas de popularidade, que o governo é ótimo – ou, então, não mostra maior interesse no assunto, nem nas fábulas que a propaganda oficial está lhe contando. Não acredita nem desacredita; apenas não liga. O resultado é que o Brasil, hoje em dia, se transformou num dos países onde é mais fácil para o governo passar qualquer conto do vigário no público em geral.”

Isso acontece, principalmente, pela falta de interesse, da sociedade, pelos problemas coletivos, falamos mal da justiça, da educação, da saúde, da segurança, das estruturas de vias de acessos das cidades que crescem, do transporte coletivo etc., mas, mesmo assim dizemos que o governo é ótimo ou bom. Então, pra que mudar? Se a maioria está satisfeita. É a maioria que elege. Nos deparamos com esse mar de ineficiência, quando somos atingidos por uma justiça que não funciona, pelo trauma nos atendimento dos hospitais, pelo transito engarrafado e ruas esburacadas. Neste momento, a maioria, não tem idéia da carga tributária cujo maior peso é o baixo retorno à população. Então, o governo investe na fabricação do otimismo e continua cometendo o mesmo erro. Gastando mal, desvalorizando o sacrifício do contribuinte.
Este panorama abre espaço para se prosseguir ignorando a minoria.
Lula embolsa 200.000,00 reais em uma palestra com a Tetra Pak, e, esta, solicita amenizar os impostos aí, ele, promete tratar o assunto com o ministro Guido Mantega. O governo é da companheira mas, o ministro é dele. Para muitos, pode parecer uma coisa sem importância, mas não é, um exemplo que certamente será seguido em boa parte da administração pública. É um atestado de que, quem trabalha dentro da ética é otário.
Criam um fato que julgam verdadeiro de que sendo companheiro mesmo culpado é inocente, e como herói surge o Lula para salvar o Palocci. BOMBEIRO Muitos apóiam o governo por ser tachado de esquerda, sem perceber que, só não deram errados porque abandonaram o discurso de esquerda e passaram a seguir as diretrizes econômicas da direita. Outros porque acreditam que o Lula foi o salvador da economia. CONSTRUTORES & TEMERÁRIOS
Prometem acabar com a miséria porque convencionaram, que, quem ganha 71,00 reais por mês, não é mais miserável. Em qualquer orla marítima das capitais nordestina os bares são invadidos por crianças de 10 anos acima vendendo quinquilharias, essas crianças podem ganhar mais de 70,00 reais por mês, mas continuam na miséria. Se o governo lhes proporcionassem escolas de qualidade mudaria a realidade deles. Distribuindo dinheiro não mudará nada, mas cooptará com maior velocidade o voto da família. Certamente é umas das formas eficientes de convencer a opinião pública que o jornalista Guzzo se refere.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PODER DA LEI



Coincidentemente os Ministros do Supremo que votaram a favor de Batistti, exceto Marco Aurélio primo de Collor de Melo, todos foram nomeados pelos presidentes petistas. Intrigante não é o resultado, são as teses principalmente de Joaquim Barbosa e Luiz Fux, parece existir outra constituição, aquela que tira poder da Lei e transfere para a pessoa criar argumentos que lhes vem à mente, ou que convém. Conforme disse a ministra Ellen Gracie:
“A constituição confere com exclusividade ao STF para julgar as extradições requeridas por Estados estrangeiros. Isso consta na nossa constituição artigo 102, inciso I, letra G...
...Artigo 5º, inciso LII que não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político...
...Compete com exclusividade a esse Tribunal, definir se o delito é, um delito comum ou um delito político.”
Em decorrência do que foi dito fica um questionamento: O Supremo tem a competência de transferir essa decisão? Já que fala com exclusividade.
Se a intenção era agradar, seria melhor dizer que o assassino que matou um açougueiro em seu local de trabalho é um criminoso político, enquadrando-o no artigo 5º inciso LII. Se assim não o fez, é, porque não foi crime político. Alegar defesa da soberania do presidente da república, não é uma tese jurídica, é um argumento apelativo. Existe um tratado de extradição entre Brasil e Itália e os italianos seguiram os tramites legais. Não houve tentava de operação supressa para retirar a força.
Conforme Cezar Peluso, Lula descumpriu a lei em não ter atendido a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Na decisão da lei Ficha Limpa, Luiz Fux descontentou o eleitorado, mas foi brilhante porque decidiu de acordo com a constituição que proibi vigorar alteração na lei eleitoral no mesmo ano da eleição. É este o procedimento correto e esta Casa tem o dever, a obrigação de assim proceder, de decidir de acordo com a constituição, mesmo que a decisão não nos agrade. O Poder é da lei.
Se foi uma intenção de ufanismo ao ex presidente, vou apresentar um motivo, entre vários, que tal homenagem é indevida:
Nas eleições passada, a lei eleitoral foi desrespeitada por varias vezes, por ele, inclusive recebeu multa que foi motivo de zombaria, ocorrida em palanque: “Eu fui multado, vocês sabem por quê? Porque falei o nome de uma pessoa”. A multidão responde aos gritos e vibrações: Dilma, Dilma, Dilma, Dilma. Isto antes do período eleitoral legal.
Num país onde temos medo de parar no sinal amarelo, devido a possibilidade de um choque na traseira ou ouvir uma buzinada nervosa. É proibido dirigir embriagado, mas é comum acontecer bêbados dirigirem. Que é proibido andar armado, porém, muitos andam. Que é proibido comercializar drogas, com autoridades fracassadas, o resultado é uma crescente violência. Que não se pode ocupar os lugares reservados para os deficientes, mas é comum ser desrespeitado. Onde a família perde a cada dia a capacidade de educar, seguida por escolas deficientes, qu acredita que educar é so repassar conteúdo. A maioria da população se identifica com ações dessa natureza, assim considerados, pequenos delitos alimentados por quem deveria dar exemplo.
Esse aroma de arranjo é preocupante. A sensação de que o nomeado deve favor ao nomeador, está cada vez mais evidente e, portanto é um momento de se encontrar outra forma de nomear os Ministros do Supremo, isto, já mencionamos neste blog em PODER DEPENDENTE

domingo, 5 de junho de 2011

CONSTRUTORES & TEMERÁRIOS



Um twiteiro definiu a Presidente como: sóbria, pratica, sólida, discreta. É assim que enxergamos diante de uma mente despida, destituída de uma percepção mais apurada do que significa governar um país. Isto não acontece por acaso. Existe o celebro do marqueteiro João Santana nesta construção, que desaba no primeiro escândalo do seu governo, e que haverá de ser reconstruída.
No entanto, o twiteiro não mencionou a qualidade eficiência. Neste conceito talvez ele esteja ciente.
O que seria um governo eficiente?
Depois da constituição de 1988 existirão ações como abertura de mercados, privatizações, estabilidade monetária, saneamento do sistema financeiro, quebra de parte do monopólio da Petrobras, e Lei de Responsabilidade Fiscal que se tornaram os pilares da modernização do país e conseqüentemente geradores de empregos e retomada do Desenvolvimento. Os gestores atuantes nestes procedimentos podemos chamá-los de construtores. De outra forma existem os gestores que se integram ao sistema no sentido de não deixar o barco afundar, nunca produzem atos que destravam ou de mudanças, resumem-se aos acontecimentos desencadeados no processo e as medidas decorrem das circunstancias, são gestores temerários.
A administração petista se enquadra no segundo tipo de gestão. Um exemplo é a privatização dos aeroportos recentemente anunciado pelo governo. É uma decisão que deveria ter sido tomada em 2008. Naquela época uma resolução do Conselho Nacional de Desestatização recomendou a Lula a desestatização dos aeroportos do Galeão e Viracopos, e em outra resolução aconselhava que a iniciativa privada construísse outro aeroporto na região metropolitana de São Paulo. No entanto, preferiu não fazer e ficar criticando as privatizações com fins eleitoreiros. Agora devido as circunstancias, as medida são tomadas.
Nós seres humanos somos os únicos animais que sabemos que no decorrer do tempo perderemos tudo, juventude, forças, saúde e finalmente a vida. Para não ocorrer o desespero nos limitamos ao presente, o que somos no momento e a vida que podemos viver da melhor forma possível sem a preocupação de futuro distante. Mas quem administra um país, como o Brasil, não pode agir dessa forma. Os governantes não solucionam problemas, transferem para o futuro, a nossa competitividade caiu 6 pontos recentemente. O governo não corrige no âmago da questão, abre mão da receita previdenciária com objetivo de melhorar competitividade, o resultado será a insolvência da previdência no futuro. A Constituição de 1988 onera demasiadamente o Estado, o governo FHC iniciou despesas extra constitucionais que administração petista ampliou numa progressão geométrica que serão problemas no futuro. A situação financeira do país ainda é boa, mas possui uma tendência a piorar. A dívida Externa voltou a crescer, não só a empresarial, como também, a do governo e, a dívida interna não para de crescer. Será que no futuro seremos ricos que nem os EUA endividados e problemáticos?
A presidente governa costurando, recebeu o país com desequilíbrio fiscal, parou um pouco a gastança, tenta ajeitar para não arrebentar em seus braços, mas, continua gerando despesas pro futuro.
O governo deveria priorizar a educação, Infra estrutura e Tecnologia, são ações cuja visibilidade não é imediata, recairá em governos futuros, por isso não são priorizados, conseqüentemente estamos transferindo problemas para o futuro.
Daí lançamento do Brasil sem Miséria. Programa este que não solucionará nada se o governo continuar a postergar ações inadiáveis que não lhe projetam visibilidade. Outro Projeto é o Trem Bala de 20bilhões de Reais que é considerado prioritário pelo governo porque dará projeção a Presidente.
Assim acontece porque são execuções que a população leva em conta numa avaliação eleitoral, e, é isso que importa para esse grupo de administradores

sábado, 4 de junho de 2011

SANTA INOCENCIA



A verdade é que Palocci tem muito amor pela Pátria. Ele encerrou a atividade de uma empresa, quando começava a dar lucros astronômicos, para prestar serviços ao país. Isso não é Patriotismo é falta de juízo.
Para ganhar quanto?
Pouco mais de R$ 250,00 por ano, e ainda sofrer a desconfiança dessa população incompreensível , ser chamado de LADRÃO!
É muita abnegação!
Palocci, amigo, deixe o governo imediatamente e volte para sua empresa. É muito mais vantajoso. Você vai poder comprar muitos apartamentos, e dar satisfação somente aos órgãos competentes. Sem exposição pública.
Sobre o repasse de 2 milhões de reais em duas parcelas para a campanha da Dilma, repassados pelo seu cliente a WTorres que a imprensa falou. É verdade? Você não esclareceu.



Cuidado! Ela está te dando as costas. Sai daí Palocci,
isso aí é nitroglicerina pura. Vai cuidar da tua galinha de ovos de ouro.